Mais de 100 mortes em Minas estão ligadas à ausência do cinto de segurança

fonte: itatiaia

De janeiro a novembro deste ano, 118 pessoas morreram em acidentes de trânsito em Minas Gerais por não utilizarem o cinto de segurança. O dado consta em levantamento divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que reforça o alerta a motoristas e passageiros sobre a importância do uso do equipamento em todos os assentos do veículo.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, o coordenador-geral de segurança viária da PRF, Jefferson Almeida, destacou que o risco não se restringe apenas a quem deixa de usar o cinto, mas também aos demais ocupantes do carro. Segundo ele, o passageiro sem o dispositivo pode se transformar em um “projétil humano” durante uma colisão.

“Em uma batida ou colisão, ele pode atingir violentamente outros ocupantes, especialmente quem está no banco da frente. Há registros de motoristas e passageiros dianteiros que morreram ou sofreram lesões fatais ao serem atingidos por pessoas que estavam soltas no banco traseiro”, explicou.

De acordo com a PRF, os ferimentos mais recorrentes nesses casos variam de traumatismo craniano a lesões na coluna vertebral, com risco elevado de morte.

“Os ferimentos mais comuns incluem traumatismo craniano, lesões cervicais e na coluna. Em casos mais graves, a morte é imediata.” Conforme o órgão, a ausência do cinto faz com que a gravidade das lesões aumente de forma significativa.

O coordenador reforçou ainda que o uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, inclusive no banco traseiro.

“Passageiros que viajam no banco traseiro sem o equipamento correm alto risco de se ferirem gravemente e ainda colocam em perigo quem está à frente.” A PRF destaca que o banco traseiro não é um local seguro quando o passageiro está sem o cinto.

Pela legislação vigente, o não uso do cinto de segurança é considerado infração grave. O artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro prevê multa e a perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As autoridades lembram ainda que cabe ao condutor a responsabilidade legal de garantir que todos os passageiros estejam utilizando corretamente o dispositivo de segurança.