Mercado de trabalho segue aquecido e deve sentir efeitos dos juros só no segundo semestre
gazetadevarginhasi
5 de mai.
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Apesar da elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano em março, o mercado de trabalho brasileiro permanece aquecido. Dados de março mostram que, embora a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua tenha subido para 7% e o Caged tenha registrado a abertura de apenas 71 mil vagas — o pior número desde 2020 —, os analistas destacam que a atividade econômica ainda é robusta.
Economistas explicam que o emprego tende a ser o último setor a sentir os efeitos do aperto monetário, pois as empresas evitam demissões por conta dos custos envolvidos e da dificuldade em repor mão de obra qualificada. A expectativa é de que os impactos mais visíveis dos juros só comecem a aparecer no segundo semestre de 2025.
Mesmo com indícios de desaceleração, a economia ainda gera empregos líquidos. A desaceleração do emprego vem ocorrendo de forma lenta e gradual. O Copom, inclusive, não deve usar os dados do mercado de trabalho como critério decisivo para a próxima reunião sobre os juros, pois esses dados reagem com atraso ao cenário macroeconômico.
Apesar da desaceleração da prévia da inflação (IPCA-15) em abril, o acumulado de 12 meses continua acima da meta. Por isso, o Banco Central segue cauteloso. Economistas acreditam que o ciclo de alta dos juros está perto do fim, mas ressaltam que ainda são necessários novos dados para uma decisão mais clara.
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