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Minas Gerais reforça ações no combate às arboviroses com estratégias inovadoras e eficazes




O Governo de Minas intensificou, ao longo de 2023, as ações de combate ao mosquito causador da dengue, chikungunya e zika. Por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foram investidos R$ 15 milhões na aquisição de drones e, em 2024, serão mais R$ 16 milhões para a compra dos equipamentos que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, permitindo uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das Secretarias Municipais de Saúde.

“A palavra que resume nosso trabalho esse ano é inovação. Fizemos um grande investimento para agregar tecnologia ao combate do Aedes, por meio dos drones, que vão percorrer todo o estado e identificar locais com água parada e ainda disseminar larvicida para diminuir a circulação do mosquito”, destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi. “A utilização desses equipamentos no combate às arboviroses representa um salto significativo na eficácia das ações de vigilância epidemiológica, permitindo uma abordagem mais ágil e precisa no monitoramento de áreas críticas”, salienta.
Além disso, nas ações de enfrentamento e mobilização, serão repassados R$ 80,5 milhões aos municípios até julho de 2024. Os 47 municípios mineiros com mais de 80 mil habitantes receberão R$ 3,50 per capita. Já os 71 com população entre 30 mil e 80 mil moradores terão o aporte de R$ 2 per capita. Por outro lado, cada um dos 735 municípios do estado com até 30 mil habitantes receberá R$ 50 mil.

Esses investimentos se somam à construção da biofábrica da Wolbachia, que deve ficar pronta no primeiro semestre de 2024. As obras estão sendo executadas pela Vale S.A, como parte do Acordo Judicial, assinado pelo Governo de Minas, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública de Minas Gerais e a mineradora, que visa reparar os danos decorrentes do rompimento das barragens em Brumadinho. Além der construir, equipar e mobiliar a unidade, a Vale S.A vai custear seu funcionamento por cinco anos, contados a partir da licença de operação, com investimento total de cerca de R$ 77 milhões.
A estimativa é de que a produção semanal da biofábrica, depois do início das atividades, seja de dois milhões de mosquitos que, uma vez inseridos no meio ambiente, vão se reproduzir com os Aedes aegypti locais e estabelecer uma população com Wolbachia, que não transmitem as doenças.

A SES-MG também anunciou, em novembro, a criação da Política Estadual para Vigilância, Prevenção e Controle das Arboviroses, que se configura como um conjunto de ações adotadas para prevenir e controlar a ocorrência dessas endemias na população e garantir o acesso a serviços de saúde, de forma oportuna, resolutiva, equânime, integral e humanizada, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A SES-MG também criou o Plano Estadual de Contingência para Enfrentamento das Arboviroses (PEC-Arbo) com foco em dengue, chikungunya, zika e febre amarela, para o período de dezembro de 2023 a novembro de 2025.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG ressalta que a população deve ter participação ativa e fazer a sua parte no combate ao mosquito. “É fundamental que todos os mineiros atuem no combate ao mosquito Aedes aegypt, verificando sempre se existe algum local acumulando água em sua residência, em lotes vagos, no trabalho ou na rua e eliminar esses focos. Lembrando que, ao surgirem sintomas como manchas pelo corpo, dores e febre, deve-se procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, para receber o tratamento correto”, alerta Prosdocimi.

Trabalho em conjunto
Eliminar os focos do mosquito é um dever conjunto do governo do estado, municípios e de todos os mineiros. A contadora Gleice Carvalho mora no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte. Ela tem jardim em casa e mantém todos os cuidados com a limpeza do local para afastar o mosquito da dengue. “Em meu jardim, a maioria das plantas está diretamente na terra e sempre recolho todas as folhas que caem porque acho que junta muito mosquito, então deixo o mais limpo possível”, conta.

“Algumas das outras plantinhas estão em vaso e eu deixo todos sem o prato, para não acumular água. Se eu coloco flores em um recipiente com água dentro de casa, gosto de misturar um pouco de água sanitária”, detalha.

Segundo Gleice, a agente de combate às endemias da prefeitura passa no seu endereço regularmente e faz a vistoria no imóvel. “Eu acho muito importante ter uma pessoa para orientar o cidadão de como evitar os focos do mosquito. Em minha vizinhança tem muitos prédios e uma escola e todos adotam os cuidados necessários, o que faz total diferença. Que eu saiba, não tivemos nenhum caso de dengue, chikungunya ou zika na região recentemente”, comenta.

Gazeta de Varginha

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