Gildésio de Oliveira trabalhava na empresa há dois anos
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O motorista Gildésio de Oliveira, de 54 anos, morreu carbonizado após acidente na madrugada desta quinta-feira (14 de março) após o caminhão-tanque que ele dirigia tombar, explodir e incendiar casas que ficam próximas ao Anel Rodoviário de Belo Horizonte, no bairro Goiânia, região Nordeste da cidade. O profissional encheu o caminhão na cidade de Betim, na região metropolitana, e foi abastecer três postos pertencentes à empresa JBretas.
O empresário Felipe Bretas, dono da JBretas, lamentou o ocorrido e disse que não imagina o que possa ter causado o acidente. "(O motorista) era um funcionário exemplar. Não sei dizer o que aconteceu, ele sempre trabalhou com transporte, tinha todos os cursos, tudo certinho", afirmou. O funcionário estava na empresa desde 2022.
Felipe afirma que está consternado e passou a manhã no Hospital João XXIII. Segundo ele, o foco da empresa é prestar apoio às vítimas, que ainda estão hospitalizadas. "Estou muito abalado, e neste momento estamos aqui para ver o que as famílias precisam", garantiu, com lágrimas nos olhos.
Conforme o boletim de ocorrência, o motorista foi arremessado a aproximadamente 30 metros do veículo.
'Cena de terror'
A aposentada Marilene Guimarães, de 61 anos, vizinha do acidente, relatou a cena de terror que presenciou. A idosa está assustada e não conseguiu descansar desde a madrugada desta quinta-feira (14), quando o caminhão-tanque tombou e explodiu perto da residência dela.
"Parecia cena de filme. Acordamos com o barulho dos transformadores de luz explodindo. As chamas no caminhão eram muito grandes e altas. Todo mundo saiu das casas para entender o que estava acontecendo. Alguns tentaram ajudar o motorista, mas era impossível, o calor era muito forte. Ele sentou no chão, deitou, rolou, e depois sentou de novo, em chamas, esperando a morte", relatou.