Palestra em Leopoldina orienta professores sobre escuta de crianças vítimas de abuso

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Capacitação em Leopoldina orienta educadores sobre acolhimento a vítimas de violência.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, em Leopoldina, na Zona da Mata, uma palestra voltada a profissionais da educação e integrantes da rede de proteção à criança e ao adolescente. A capacitação abordou temas como escuta especializada, revelação espontânea e depoimento especial, com o objetivo de fortalecer a atuação dos profissionais que estão na linha de frente no acolhimento de vítimas de violência.

Durante o encontro, a delegada Gisela Borges de Mattos, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), conduziu as orientações com foco em práticas seguras e eficazes diante de relatos espontâneos feitos por crianças ou adolescentes. A proposta foi garantir um acolhimento humanizado, que respeite os direitos das vítimas e evite a revitimização.

Segundo Gisela, o papel das escolas é fundamental no processo de escuta e proteção. “A escola é, muitas vezes, o primeiro espaço onde a criança se sente segura para falar. Por isso, é fundamental que os educadores estejam preparados para reconhecer e acolher essas falas com responsabilidade e sensibilidade”, afirmou. “Nosso objetivo é garantir que todos saibam como agir corretamente, protegendo a vítima e assegurando seus direitos”, completou.

Durante a capacitação, foram apresentados seis passos essenciais a serem seguidos pelos educadores em casos de revelação espontânea de violência:

1. Ouvir com atenção, calma e em local apropriado;

2. Oferecer suporte emocional à vítima;

3. Informar à criança que o caso será comunicado às autoridades;

4. Proteger a identidade da vítima e manter sigilo;

5. Registrar o relato fielmente, respeitando o vocabulário da criança;

6. Comunicar as autoridades competentes.

A atividade faz parte das ações da operação Caminhos Seguros, iniciativa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com os estados. A operação integra a campanha Maio Laranja, dedicada ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes.

A proposta é promover a articulação entre os órgãos de proteção, investigação e atendimento, fortalecendo a rede de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil e estimulando a conscientização social sobre a importância das denúncias e da proteção integral às vítimas.

Fonte: PCMG