Prefeita de Contagem suspeita que larvas foram colocadas na comida do hospital

Investigação está próxima do fim e vai responder se responsabilidade é da empresa ou se o caso foi provocado

Prefeita de Contagem entregou novas provas à Polícia Civil nesta quinta-feira (28) — Foto: IA / O Tempo

A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), entregou novos documentos de investigação sobre o caso de denúncia de larvas na comida servida aos familiares de crianças internadas no Hospital Municipal, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os novos laudos foram anexados ao processo na manhã desta quinta-feira (28 de setembro) na Delegacia de Polícia Civil de Contagem. A suspeita da prefeitura é que o problema tenha sido, na verdade, implantado.

De acordo com a prefeita, detalhes do conteúdo dos novos documentos não podem ser divulgados, devido ao sigilo da investigação. Foi possível adiantar, no entanto, que são laudos conduzidos em instituições de credibilidade e que reúnem informações que podem indicar uma suposta fraude. "Temos a preocupação de que a verdade seja estabelecida. Então, viemos adicionar os documentos e pedir solenidade na investigação da Polícia Civil", afirmou Marília.

A filmagem, divulgada por uma mulher que preferiu o anonimato, mostra um marmitex com arroz e carne moída cheio de larvas se movendo na comida. Para a prefeitura, o caso só ter sido denunciado em uma marmita, em todo o hospital, levanta a suspeita de que tenha sido intencional. "É muito estranho que em um hospital que oferta 2 mil refeições, apenas uma marmita tenha larva. Não foi feita nenhuma outra queixa. E essa empresa não presta serviço só ao Hospital de Contagem, como em toda Belo Horizonte, e nunca teve denúncia como essa. Isso faz com que a gente suspeite, mas só a Polícia Civil poderá fazer uma apuração imparcial e chegar à resposta", reforçou.

Ainda de acordo com a prefeita, caso o inquérito conclua que o problema foi responsabilidade da empresa de alimentos, as providências necessárias serão tomadas pela prefeitura. "Já se for outro caso, a Polícia Civil vai conduzir as responsabilizações", adiciona.

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Desde que a denúncia foi realizada e circulou na internet, em 3 de setembro, melhorias foram implementadas no processo de produção, armazenamento e distribuição das refeições do Hospital Municipal de Contagem. "Realizamos visita de vigilância na empresa, que tem alvará, tudo certinho. E no que pudesse evidenciar fragilidade no processo dos alimentos, tomamos providências", diz Marília. Um exemplo foi a mudança no período de recolhimento das marmitas. "Não existia um tempo definido para que as marmitas fossem recolhidas. Então nós definimos. Agora, 1h30 no máximo a refeição é recolhida", acrescenta.

A investigação, que tem o prazo de 30 dias para conclusão, está perto do fim. Antes da segunda quinzena de outubro uma resposta deve ser divulgada. Segundo a Polícia Civil, a denunciante também será investigada por suspeita de cometer injúria. Ela teria ofendido um funcionário da unidade de saúde minutos após divulgar o vídeo.

FONTE: O TEMPO