Presidente da Fiemg propõe mudanças profundas no funcionalismo público e critica burocracia no Brasil
gazetadevarginhasi
19 de fev.
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, afirmou em entrevista ao CNN Money que o Brasil precisa urgentemente de uma reforma administrativa, com foco nas mudanças no funcionalismo público. Segundo Roscoe, o Estado brasileiro é “lento, burocrático e caro”, e não é suficiente apenas combater os supersalários, sendo necessária uma abordagem mais ampla, que inclua também a produtividade dos serviços públicos.
Ele criticou a estrutura atual do serviço público, destacando que a remuneração igualitária entre os servidores não incentiva a meritocracia. Para o presidente da Fiemg, os servidores mais produtivos deveriam ser bem remunerados, enquanto os de desempenho insatisfatório não deveriam continuar no serviço público.
Roscoe defende o fim da estabilidade para a maioria dos servidores públicos, sugerindo que apenas algumas carreiras de Estado, como juízes e delegados de polícia, deveriam manter esse benefício. Ele estima que mais de 85% dos funcionários públicos não deveriam ter estabilidade.
O empresário ainda ressaltou a insatisfação da população com os serviços públicos, afirmando que o Brasil apresenta "custo da máquina estatal semelhante aos países de primeiro mundo, mas com serviços públicos típicos de países de terceiro mundo". Para ele, a reforma administrativa deve implementar a meritocracia, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão.
Em relação a benefícios como o quinquênio, que concede progressão salarial automática independentemente do desempenho, Roscoe criticou a manutenção desse tipo de privilégio. Ele concluiu que é essencial discutir com a sociedade o tamanho do Estado e as missões que ele deve cumprir, visando um serviço público mais eficiente e alinhado com os interesses da população.
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