Recepcionista processa empresa após ter licença negada por ser mãe de boneca reborn
gazetadevarginhasi
há 3 dias
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Divulgação
Mulher entra na Justiça contra imobiliária após ter licença-maternidade negada por ser mãe de boneca reborn.
Uma recepcionista de 35 anos, moradora de Salvador, ingressou com uma ação trabalhista no valor de R$ 10 mil contra a imobiliária em que trabalha, após a empresa negar sua solicitação de licença-maternidade de 120 dias. A ação foi protocolada no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) nesta terça-feira (27).
De acordo com a petição, assinada pela advogada Vanessa de Menezes Homem, a trabalhadora afirma ter desenvolvido um vínculo afetivo com uma boneca reborn, que chama de Olívia de Campos Leite. Ao solicitar à empresa a licença e o salário-família, a recepcionista teria sido alvo de zombarias e negada formalmente, com comentários de que “não era mãe de verdade” e que “precisava de psiquiatra, não de benefício”.
“A reclamante sofreu abalo psíquico profundo ao ter sua maternidade deslegitimada, ser exposta ao ridículo e privada de direitos fundamentais. Sentiu-se diminuída como mulher, como mãe, como pessoa”, descreve um trecho da ação.
A funcionária trabalha na imobiliária desde abril de 2020, com jornada de segunda a sexta-feira e salário equivalente ao mínimo nacional. Além da indenização por danos morais, ela solicita a rescisão indireta do contrato de trabalho — modalidade em que o empregado encerra o vínculo empregatício por falta grave do empregador, com direito a todas as verbas rescisórias.
Na ação, são requeridos ainda o pagamento de FGTS, férias proporcionais, 13º salário e multa de 40%, totalizando R$ 40 mil em indenizações. A defesa sustenta que o investimento emocional e financeiro feito pela recepcionista na criação da bebê reborn equivale à dedicação exigida pela maternidade.
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