ASSÉDIO MORAL E SEXUAL: UM RISCO DIRETO À SAÚDE MENTAL NAS EMPRESAS

Prof. Jorge Francisco Rodrigues, Eng. de Segurança do Trabalho, Presidente da AVEA - Associação Varginhense de Engenheiros e Agrônomos

Por Jorge Franscisco Rodrigues

O Setembro Amarelo nos lembra da urgência de falar sobre saúde mental, e para as empresas, isso significa olhar de perto para um dos maiores riscos do ambiente de trabalho: o assédio moral e sexual. Mais do que um problema de relacionamento, o assédio é um fator direto de adoecimento, que tem levado a um aumento preocupante de afastamentos e ações judiciais.

As empresas não podem mais tratar o assédio como um caso isolado. As novas leis e a crescente conscientização sobre o tema exigem que as organizações se posicionem de forma proativa. A omissão diante de casos de assédio, seja por conivência ou falta de preparo, não apenas prejudica a saúde mental dos colaboradores, mas expõe a empresa a sérias consequências legais e financeiras.

Para construir um ambiente verdadeiramente seguro e saudável, é preciso ir além de campanhas pontuais e investir em ações concretas. Isso inclui:

Política de Tolerância Zero: Estabelecer e comunicar de forma clara uma política rigorosa contra qualquer forma de assédio, com canais de denúncia seguros e confidenciais.

Capacitação de Lideranças: Treinar gestores para identificar e intervir em situações de assédio, agindo como agentes de mudança e não como expectadores.

Investigação e Acolhimento: Criar um processo transparente para investigar denúncias, garantindo que as vítimas sejam acolhidas e os agressores responsabilizados.

A saúde mental dos trabalhadores é responsabilidade da empresa. Ao combater ativamente o assédio, as organizações não apenas cumprem sua obrigação legal e social, mas também cultivam um ambiente de respeito e dignidade, onde todos podem prosperar.