Avião da Voepass que Caiu em Vinhedo Operava com Caixa-Preta Limitada, Afirma Anac
gazetadevarginhasi
13 de ago. de 2024
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O avião da Voepass que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9) estava operando com uma autorização especial para gravar apenas oito informações de voo em sua caixa-preta. A companhia aérea recebeu uma licença temporária de 18 meses concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 1º de março de 2023, após um pedido da própria Voepass.
Essa autorização isenta a empresa de registrar parâmetros operacionais importantes exigidos pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC nº 121) nos gravadores digitais de voo, mas apenas para o modelo ATR 72-500. Entre os dados que não eram registrados estão informações sobre a funcionalidade dos freios (pressão e aplicação dos pedais), sistemas de pressão hidráulica, e todas as forças de comando dos controles de voo, como volante, coluna e pedais.
As forças de comando são fundamentais para determinar as ações do piloto durante o voo, como direcionar a aeronave para cima, para baixo, ou para os lados. Segundo o piloto e engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, a ausência desses dados na caixa-preta pode comprometer a investigação do acidente em Vinhedo e de futuros incidentes envolvendo aeronaves da Voepass, já que possíveis erros não poderiam ser identificados e corrigidos.
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