BH registra baixa adesão à segunda dose contra o sarampo; cobertura está bem abaixo da meta

fonte: itatiaia

A adesão à segunda dose da vacina contra o sarampo segue preocupante em Belo Horizonte. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, a cobertura atual é de apenas 74%, bem abaixo dos 95% recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para garantir o controle da doença.

O PNI orienta que as crianças recebam a primeira dose da tríplice viral aos 12 meses e a segunda dose, da tetra viral, aos 15 meses. Além disso, a vacina está disponível gratuitamente pelo SUS para adolescentes e adultos de 1 a 59 anos que ainda não foram imunizados. Em contextos de risco epidemiológico, bebês entre 6 e 11 meses também podem receber a chamada “dose zero”.

Por que é importante completar as duas doses

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa e pode provocar complicações graves, como pneumonia, alterações neurológicas e, em casos extremos, levar à morte. O último caso de transmissão registrada dentro de Belo Horizonte ocorreu em 2020, mas a queda na vacinação reacendeu o alerta entre autoridades de saúde.

Segundo a assessora da Diretoria de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica de BH, Jandira Lemos, a segunda dose é fundamental.“Na primeira dose estamos com 94,7%, mas a segunda já caiu para 74%. Uma dose só não protege. Os pais precisam levar as crianças, porque a segunda dose também protege contra outra doença, a varicela”, destaca.

Ela reforça que manter o cartão de vacinação atualizado é essencial para crianças e adolescentes. “O sarampo pode evoluir de forma muito grave, deixando sequelas ou até levando ao óbito. O esquema precisa ser completado com as duas doses.”