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Coluna Agenda 21 - 12/01/2024



Já pensou se a humanidade tivesse disponível uma máquina do tempo que nos permitisse voltar lá atrás para poder conter as mudanças climáticas e os problemas ambientais que causamos?

Se essa máquina existisse considero que o momento ideal para voltar seria no ano de 1859 quando foi perfurado o primeiro poço de petróleo na Pensilvânia, Estados Unidos, e depois a gente poderia dar um pulinho em 1862, na Inglaterra, quando foi demonstrado o uso de uma resina que se tornou a precursora do plástico como conhecemos hoje. É claro que o petróleo e o plástico não são os únicos vilões da humanidade no que diz respeito aos problemas ambientais, mas se fosse possível voltar nessa máquina do tempo e poder informar aos nossos antepassados o que essas inovações nos trariam de problemas seria muito bom.

Mas já que não dispomos de uma máquina do tempo e que aqueles nossos antepassados foram tão importantes para o desenvolvimento de tudo que conhecemos hoje e para o nosso modo de vida, a única coisa que nos resta é acreditar que no momento presente muitas outras inovações estão surgindo e que a partir delas poderemos mudar o futuro da humanidade.

Nós não podemos voltar e refazer o passado, mas podemos construir um futuro diferente buscando soluções para os problemas ambientais do momento atual em especial, as mudanças climáticas.

É interessante observar a quantidade de inovações que tem surgido buscando soluções para os diversos problemas ambientais. Quem iria imaginar lá em 1862 que aquela substância que deu origem ao plástico e que trouxe tantas possibilidades de produtos inovadores, hoje se acumula no ambiente por não ser o material de fácil decomposição e para piorar ainda se quebra em micropartículas que estão contaminando os seres vivos?

Mas esse mesmo plástico que polui também tem sido usado como um material para fazer novos produtos a partir daquilo que foi descartado de forma inadequada no ambiente. Hoje já é possível encontrar calçados e vestimentas feitos de plástico que estava poluindo o meio ambiente.

Da mesma forma, inúmeras pesquisas têm sido feitas para aproveitar vários tipos de materiais descartados de forma inadequada e utilizá-los para substituir o plástico.

Uma das formas mais promissoras de inovações sustentáveis é justamente essa: utilizar materiais que já existem, reaproveitando para outros usos ao invés de simplesmente descartar na natureza.

E o que dizer das pesquisas sobre novas fontes de energia, são inúmeras as possibilidades!

Se não podemos criar uma máquina do tempo, pelo menos temos hoje o conhecimento suficiente para inovar através da ciência e tecnologia na busca por soluções para um planeta sustentável buscando corrigir erros do passado. Mas também é importante buscar inovar nos modos de produção, consumo e descarte. E aí vale a pena uma reflexão pessoal: será que tudo que compramos realmente é essencial para nós? E tudo o que descartamos por não ter mais utilidade será que realmente não pode ser reaproveitado de outra forma ou por outras pessoas?

No momento presente só podemos imaginar e torcer para que nosso futuro no planeta já não esteja seriamente comprometido e que tenhamos tempo suficiente para permitir que a ciência e a tecnologia tragam soluções sustentáveis para garantir nossa sobrevivência.

*Jaara Alvarenga Cardoso Tavares - Bióloga
Educadora ambiental, escritora- Contato: jaaracardoso@gmail.com
Artigo gentilmente cedido pela autora a título de colaboração com a Agenda 21 Local.


Engº Civil Alencar de Souza Filgueiras

Presidente do Fórum da Agenda 21 Local

Presidente do Conselho Fiscal do IBAPE/MG



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