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Concursos de café em Minas Gerais triplicam valor dos grãos e impulsionam renda de produtores

  • gazetadevarginhasi
  • 26 de set.
  • 2 min de leitura

Reprodução
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Os concursos de qualidade de café realizados em Minas Gerais vêm se consolidando como uma importante vitrine para o setor e como alavanca econômica para produtores locais. Em 2025, o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, promovido pela Emater-MG, alcançou um recorde de 1.847 inscrições, 31% a mais que no ano anterior, evidenciando o crescimento e o interesse no setor de cafés especiais.
A valorização desses grãos é impressionante: cafés premiados chegam a ser vendidos por até três vezes mais que o valor do café convencional. Em 2024, por exemplo, o café vencedor foi comprado por R$ 6 mil a saca por uma rede de supermercados, além de um prêmio de R$ 10 mil ao produtor. Os segundos colocados também atingiram valores expressivos, com sacas negociadas por R$ 5 mil e R$ 4 mil.
Segundo Bernardino Cangussu, coordenador estadual de Cafeicultura da Emater-MG, mesmo com a valorização geral do café no último ano, os grãos premiados continuam apresentando grande vantagem no mercado, sendo comercializados por até três vezes a cotação média.
Na sua 22ª edição, o concurso é considerado o maior e mais tradicional do Brasil dedicado exclusivamente aos cafés especiais, e team promovido uma verdadeira revolução em regiões como as Matas de Minas, que hoje são referência nacional em cafés finos, conforme destaca Willem Araújo, coordenador estadual de Culturas da Emater-MG.
Para Thiago Oliveira, coordenador regional da Emater-MG em Manhuaçu, a iniciativa é uma importante vitrine para produtores, pois atrai olhares do mercado, facilita conexões com cafeterias e compradores, e fortalece o relacionamento com consumidores exigentes.
Um exemplo de sucesso é a família Lacerda, de Espera Feliz, que já soma seis prêmios estaduais e exporta seus cafés para Europa e Japão. José Alexandre Lacerda conta que tudo começou quando o extensionista da Emater incentivou a participação em concursos. “Passamos de um café convencional para um café gourmet reconhecido mundialmente. Hoje, todos os sete irmãos vivem da cafeicultura”, relata.
Outro destaque é a cafeicultora Silmara Emerick, de Alto Jequitibá. Também premiada, ela escolheu usar o prestígio das competições para vender diretamente ao consumidor via Instagram e WhatsApp, além de participar anualmente da Semana Internacional do Café. “Os concursos dão visibilidade e abrem portas. Persistência e qualidade são fundamentais”, afirma.
Além disso, os produtores podem divulgar seus cafés na plataforma online É do Campo, criada pela Emater-MG para ampliar o alcance dos produtos da agricultura familiar, reforçando a comercialização direta e o fortalecimento da economia rural.

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Gazeta de Varginha

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