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Conectividade rural em Minas é tema de debate na ALMG; apenas 59,8% dos domicílios do campo têm acesso à internet

  • gazetadevarginhasi
  • 30 de set.
  • 2 min de leitura

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A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promoveu, nesta quinta-feira (25/9), uma audiência pública para debater a dificuldade de acesso à internet nas comunidades rurais do estado. O evento foi realizado pela Comissão de Agropecuária e Agroindústria e reuniu parlamentares, representantes do governo, especialistas e empresas provedoras de internet.
Durante o encontro, foi destacado que a falta de conectividade no campo aprofunda desigualdades sociais e econômicas, afetando diretamente o acesso a serviços públicos, a qualidade de vida e a competitividade do agronegócio.
Segundo dados apresentados por Vitório Alves Freitas, da Emater-MG, apesar de todos os 853 municípios mineiros contarem com cobertura 4G em alguma parte de seu território e 142 já possuírem acesso ao 5G, apenas 59,87% dos domicílios da zona rural têm acesso à internet, enquanto nos centros urbanos a taxa é de 99,68%.
Fatores como alto custo de infraestrutura, baixa densidade populacional e barreiras geográficas dificultam a expansão da internet nas áreas rurais. Regiões como o Norte, Noroeste, Jequitinhonha e Mucuri são as mais afetadas, enquanto Sul de Minas, Zona da Mata e Região Central apresentam maior conectividade. Municípios como Bonito de Minas, por exemplo, possuem apenas 5,38% de cobertura.
Durante o debate, foi mencionada a aprovação, em 2º turno na ALMG, do Projeto de Lei 3.755/25, que cria uma política estadual de fomento à conectividade e à telefonia celular. Também foi anexado ao projeto o PL 3953/25, que propõe uma política específica para conectividade no campo.
O governo federal também apresentou ações para ampliar o acesso à internet na zona rural, como o PRONAF Conectividade, que oferece linhas de crédito de até R$ 100 mil para famílias de baixa renda, com juros de 2,5%, e até R$ 250 mil para outras faixas, com juros de 3%. Outra iniciativa é o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que permite usar parte do crédito para infraestrutura de conectividade.
O Ministério das Comunicações também realiza uma tomada de subsídios aberta até 22 de outubro para discutir a Política Nacional de Conectividade em Rodovias, que impactará áreas rurais.
A Anatel, representada por seu gerente regional em Minas, destacou que pequenos provedores são responsáveis por cerca de 50% da internet no Brasil e que contam com menor carga regulatória para facilitar atuação em localidades remotas.
Empresas como Vivo, Tim, Torres Net e Bembras participaram do debate, relatando investimentos, soluções e parcerias com a Emater-MG, como a instalação de postes móveis movidos a energia solar para conectar até 50 residências em áreas remotas.

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Gazeta de Varginha

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