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Cruzeiro peca no ataque e na defesa, faz um dos piores jogos com Pepa e tem de valorizar ponto


Fonte:GE

A atuação do Cruzeiro contra o Coritiba entra para o hall das piores desde que Pepa assumiu o comando, em março. Um time sem inspiração ofensiva e com erros defensivos graves. Cenário que torna necessária comemoração do placar de 0 a 0, no Independência, ainda que a posição do adversário indicasse a necessidade de vitória. O treinador cruzeirense seguiu com a opção de atuar sem um centroavante, promovendo a entrada de Robert na vaga de Stênio. A ideia era ter um time móvel contra um adversário que, provavelmente, jogaria fechado. A situação do Coxa se confirmou, mas a estratégia do Cruzeiro foi falha.

O técnico do Coritiba, Thiago Kosloski, montou um time que privilegiaria as linhas baixas e as saídas em contra-ataques para assustar o Cruzeiro. Foi muito organizado, mas teve sua opção de jogo potencializada por erros primários dos donos da casa.

Ainda que a escalação do Cruzeiro sugerisse um setor ofensivo leve e de muita mobilidade, o que se viu foi uma equipe lenta. Não só com os homens de frente, mas desde o início da criação, nos pés dos zagueiros, dos laterais e dos dois volantes. Os comandados de Pepa "aceitaram" a marcação adversária.
É preciso velocidade com a bola no pé e muita movimentação para desmontar boas defesas. O que não se viu no Cruzeiro. Sem aproximação, os jogadores ofensivos foram presas fáceis e, na grande maioria das vezes, tocavam de lado ou para trás. Uma equipe que girava muito e quase nunca foi vertical. Faltou agressividade. Não por acaso deu sua primeira finalização aos 37 do primeiro tempo.

Agressividade que também faltou quando não tinha a bola no pé. A marcação do Cruzeiro não se ajustou em nenhuma fase do jogo. Quando se propunha a pressionar a saída do Coritiba, tinha que correr para trás em desvantagem; quando esperava de forma um pouco mais "posicional", não evitava tabelas e infiltrações, fosse pelo centro ou pelos lados. Tudo isso em função do mesmo motivo: faltou compactação. A ausência de aproximação no ataque e de compactação sem a bola deram indícios de um time que não estava no seu melhor ponto físico. Neste sentido, Pepa poderia ter mexido mais rapidamente no meio-campo, para tentar ganhar o setor através de duelos e presença física.

Wallisson foi acionado somente aos 20 do segundo tempo, em meio às câimbras de Jussa. É verdade que Pepa buscou algumas alternativas no decorrer da partida. Inverteu todos do ataque, colocou centroavante, retornou com Lucas Oliveira (para melhorar saída e também evitar expulsão Neris), tentou agressividade com Paulo Vitor na lateral. Mas, em nenhum momento, o Cruzeiro foi melhor que o Coritiba.
Pepa também precisa trabalhar para buscar o retorno da boa fase de algumas peças individuais. Mateus Vital não é nem sombra do jogador que foi no início do Brasileiro. No ataque, Bruno Rodrigues está sacrificado como falso centroavante, e Wesley, apesar de seguir pecando nas finalizações, foi quem mais produziu nos últimos jogos.

Arthur Gomes pode ser a solução para manter o esquema sem centroavante, porque Stênio não corresponde, e Robert ainda está o início da maturação. Ainda sobre reforços, Shaylon, se chegar, será alternativa importante ao Vital (que raramente é substituído). A comissão técnica terá cinco dias de treinamento para produzir mudanças de atitude para o jogo contra o Goiás. Confronto que tende a ser parecido com o de domingo e onde o Cruzeiro precisa dos três pontos para evitar pressão em meio à reta final do turno, contra Athletico, Botafogo e Palmeiras, equipes tecnicamente superiores à Raposa.

Fonte:Ge

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