Dama de ferro da Venezuela: María Corina ganha Nobel da Paz por desafiar ditadura de Maduro
gazetadevarginhasi
10 de out.
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Em um momento simbólico para a luta democrática na América Latina, o Prêmio Nobel da Paz de 2025 foi concedido à opositora venezuelana María Corina Machado, conforme anúncio feito na manhã desta sexta-feira pelo Comitê Norueguês do Nobel. Reconhecida por sua postura firme e por muitos chamada de “dama de ferro” da política venezuelana, María Corina é o principal nome da oposição ao regime chavista liderado por Nicolás Maduro.
A premiação reconhece seu papel central na defesa dos direitos democráticos em um país que vive há décadas sob um regime autoritário. Segundo o presidente do Comitê, Jørgen Watne Frydnes, a escolha de María Corina se justifica por seu “incansável trabalho de promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Aos 58 anos, María Corina é fundadora do partido Vem Venezuela, criado em 2012, e se destacou como uma das vozes mais contundentes da oposição ao governo de Hugo Chávez, ainda antes da ascensão de Maduro. Sua atuação política é marcada por uma linha dura contra o chavismo e pela defesa de eleições livres, liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos.
Com o prêmio, María Corina Machado entra para a história como uma das poucas mulheres latino-americanas laureadas com o Nobel da Paz, e sua escolha lança um novo holofote sobre a situação crítica da Venezuela, onde repressão política, censura e crise humanitária seguem em curso. A premiação também envia um recado à comunidade internacional sobre a importância do apoio a movimentos democráticos em regimes autoritários.
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