Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 18/09/2025
- Elisa Ribeiro
- 19 de set.
- 4 min de leitura

Descondenaram o Lula para ser Presidente só da esquerda e condenaram o Bolsonaro por ser um presente para os conservadores
Refretindo sobre o cenário político atual, o voto do Ministro Fux e os recursos - Bolsonaro foi um "presente" para os conservadores e Lula foi "descondenado" por uma montagem política que revela a complexidade do cenário brasileiro atual. É evidente que alguns setores do establishment político, econômico e midiático se mobilizaram para favorecer Lula, enquanto Bolsonaro, por sua vez, foi vítima de uma campanha de difamação e perseguição, embora não tenha sido provada qualquer corrupção de sua parte. Sua gestão foi marcada por esforços em reduzir gastos públicos, destravar a burocracia e promover uma economia mais eficiente, o que incomodou interesses arraigados no sistema.
Por outro lado, o sistema político e judicial mostrou-se polarizado. A vitória de Bolsonaro em 2018 assustou muitos setores tradicionais, que viram nele uma ameaça ao status quo, dada sua postura de combate à corrupção e seu discurso de valorização dos valores conservadores. O sistema, com apoio de parte da imprensa, das elites econômicas e de setores militares, tentou, de várias formas, minar sua legitimidade, inclusive por meio de acusações que, até o momento, não lograram comprovar corrupção.
O Voto do Ministro Luiz Fux e seus pilares fundamentais:
No julgamento envolvendo o então Presidente Jair Bolsonaro, o voto do Ministro Luiz Fux destacou-se por sua busca de equilíbrio institucional, fundamentando-se em princípios essenciais do Estado de Direito, tais como:
1. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa:
Fux reforçou que quaisquer ações ou decisões judiciais devem garantir aos envolvidos o direito de ampla defesa, com base em provas concretas. Essa salvaguarda é fundamental para evitar arbitrariedades e assegurar a legitimidade do processo judicial.
2. Separação dos Poderes
O ministro salientou a importância de respeitar a autonomia do Poder Judiciário, especialmente do STF, que deve atuar como guardião da Constituição, sem usurpar competências de outros poderes ou se envolver em ações que possam comprometer o equilíbrio institucional. Essa separação é a base do funcionamento democrático e evita o arbítrio.
3. Limites da Atuação Judicial
Fux destacou que o Judiciário deve agir com prudência, especialmente em momentos de crise política, para não se tornar um instrumento de parcialidade ou de interferência indevida nos processos políticos, preservando assim a estabilidade democrática.
4. Contexto Constitucional e Legal
O voto interpretou as normas constitucionais e legais de forma a assegurar a legalidade, evitando que decisões judiciais se tornem arbitrariedades. Essa postura busca fortalecer a legitimidade do sistema jurídico e evitar o uso da justiça como ferramenta de perseguição política.
Perspectiva sobre o Brasil sob o comando de Lula e o papel das Forças Armadas
Hoje, o Brasil de Lula enfrenta sérios desafios, inclusive de imagem internacional, além de problemas internos graves, como a afronta a leis e a propagação de narrativas absurdas por parte de alguns representantes políticos. A omissão das Forças Armadas, que permanecem neutras ou acuadas diante de uma crise de legitimidade, é preocupante. A postura de líderes como Alcolumbre e Hugo Motta de se manterem passivos diante de ações que ameaçam a democracia sugere uma necessidade de reflexão sobre o papel institucional das forças armadas e dos demais poderes.
O papel dos recursos jurídicos e a defesa dos condenados
Diante do cenário de condenações e julgamentos, as defesas dos condenados têm o dever de interpor recursos cabíveis para garantir seus direitos e buscar eventual revisão das decisões. Entre os principais recursos, destacam-se:
Embargos de Declaração: São utilizados para esclarecer pontos omissos, contraditórios ou ambíguos na sentença ou acórdão. Podem ser uma oportunidade de apontar possíveis equívocos na fundamentação do julgamento.
Embargos Infringentes: Quando há divergência entre os votos dos desembargadores ou ministros, esses recursos permitem que a parte insatisfeita questione a decisão, buscando que ela seja revista por um colegiado superior ou por instância superior.
Recurso Extraordinário e Recurso Especial: Podem ser interpostos perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, para questionar questões constitucionais ou infraconstitucionais relevantes, principalmente relacionadas à legalidade dos processos ou à interpretação de normas constitucionais
Pedido de Revisão: Em alguns casos, é possível solicitar a reanálise de fatos ou provas, especialmente se surgirem novas evidências ou se houver apontamentos de vícios processuais.


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