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Empresários alertam EUA sobre risco de aproximação do Brasil com China caso tarifa de 50% entre em vigor

  • gazetadevarginhasi
  • 24 de jul.
  • 2 min de leitura

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Empresários brasileiros que participam das articulações com o governo federal e preparam viagem aos Estados Unidos para negociações com autoridades americanas pretendem destacar um ponto geopolítico crucial: o risco de aumentar a influência da China no Brasil caso a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros realmente entre em vigor a partir de agosto.
A estratégia é expor que a medida, embora apresentada com justificativas econômicas, tem forte caráter político, conforme já evidenciado na carta de anúncio enviada pelo presidente Donald Trump, que citou o ex-presidente Jair Bolsonaro e anteriormente ameaçou países dos Brics com políticas consideradas “antiamericanas”.
Apesar de empresários e senadores envolvidos na missão diplomática não terem acesso direto à Casa Branca, a intenção é alertar que, ao tentar conter supostos alinhamentos ideológicos, os EUA podem empurrar o Brasil ainda mais para a esfera de influência chinesa. Atualmente, China e Brasil já possuem laços comerciais intensos, e o bloco dos Brics ampliou recentemente o número de países-membros, consolidando sua relevância no cenário global.
Um setor central nesta disputa é o mineral. Representantes da indústria mineral e autoridades brasileiras se reuniram com membros do governo dos EUA nesta quarta-feira (23) para discutir a tarifa e também um possível acordo sobre minerais críticos — uma demanda solicitada pelos próprios americanos.
Esse setor é visto como estratégico porque hoje é dominado amplamente pela China. Segundo a Agência Internacional de Energia, o país asiático responde por mais de 80% da produção global de células de bateria e mais da metade do processamento mundial de lítio e cobalto, insumos essenciais para a transição energética.
O novo governo Trump vê a redução da dependência da China como uma prioridade, e o Brasil pode representar uma alternativa confiável. No entanto, com as tarifas, corre-se o risco de afastar o país e dificultar parcerias estratégicas, justamente no momento em que a competição global por recursos críticos está mais acirrada.

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