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Estudo aponta que proibição de celulares nas escolas não melhora desempenho dos alunos.

  • gazetadevarginhasi
  • 6 de fev.
  • 2 min de leitura
A proibição do uso de celulares nas escolas não melhora o desempenho acadêmico dos estudantes nem tem impacto positivo na saúde mental dos adolescentes. Essa foi a conclusão de um estudo da Universidade de Birmingham, publicado na revista científica The Lancet Regional Health em fevereiro de 2025.
A pesquisa analisou dados de 1.223 alunos de 30 escolas do Reino Unido e comparou o desempenho e o bem-estar mental de estudantes em instituições que proíbem e que permitem o uso de celulares. O resultado não mostrou diferenças significativas no rendimento escolar em disciplinas como inglês e matemática, tampouco impactos relevantes na saúde emocional dos jovens.
“As nossas descobertas sugerem que as políticas escolares restritivas na sua forma atual não influenciam significativamente o uso do telefone e das redes sociais nem geram melhores resultados para os adolescentes numa série de domínios mentais, físicos e cognitivos”, aponta o estudo.
Uso excessivo do celular prejudica aprendizado
Embora a pesquisa não tenha identificado melhorias no desempenho acadêmico com a proibição, os dados mostram que passar mais tempo no celular – dentro e fora da escola – pode afetar negativamente os estudantes. O estudo indica que o excesso de uso está associado a pior desempenho escolar e maior impacto na saúde mental.
Os pesquisadores sugerem que, para um resultado mais eficaz, a redução do tempo de tela deve ocorrer tanto na escola quanto em casa, por meio de um controle mais amplo do uso de dispositivos eletrônicos.
A proibição de celulares nas escolas no Brasil
O Brasil seguiu a tendência de países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda, que restringem o uso de celulares em escolas. A Lei nº 15.100/25, sancionada recentemente, proíbe o uso de dispositivos eletrônicos por estudantes em escolas públicas e particulares, inclusive durante os intervalos. O objetivo da medida, segundo o governo, é proteger a saúde mental, física e psíquica das crianças e adolescentes.
A nova norma recebeu apoio da maioria da população. De acordo com pesquisa do Datafolha, realizada em outubro de 2024, 65% dos pais de crianças e adolescentes entre 12 e 18 anos aprovam a proibição do celular em sala de aula e nos intervalos. No total da população, 62% são favoráveis à restrição.
O especialista em Educação Digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm, destacou que a medida pode contribuir para melhorar a interação social entre os estudantes e aumentar a atenção nas atividades pedagógicas. Ele alerta, no entanto, que redes sociais e jogos online são projetados para capturar a atenção dos jovens, o que pode comprometer o aprendizado se não houver um controle maior dentro e fora da escola.
A regulamentação da nova lei no Brasil ainda está em fase de implementação, e seu impacto no ensino será avaliado ao longo dos próximos anos.

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Gazeta de Varginha

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