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Estudo liga cigarros falsificados ao crime organizado; Minas Gerais e vice em fabricas ilegais fechadas

  • gazetadevarginhasi
  • há 33 minutos
  • 2 min de leitura

fonte: o tempo
fonte: o tempo
Um estudo da Fundacao Getulio Vargas (FGV) aponta forte relacao entre o mercado ilegal de cigarros — que responde por tres de cada dez produtos vendidos — e o aumento da criminalidade no pais. Segundo o levantamento, cada ponto percentual a mais de ilegalidade corresponde a 239 homicidios dolosos anuais, alem de quase 900 novas ocorrencias de trafico e cerca de 3 mil roubos de veiculos. A pesquisa estima que esse comercio clandestino movimente R$ 10,2 bilhoes ao ano, valor que representa 7% do faturamento das faccoes, sustentado pela alta liquidez e pela facilidade de distribuicao dos produtos.
Em Minas Gerais, o impacto e expressivo. O Forum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) calcula que o estado movimentou R$ 466 milhoes em cigarros ilegais em 2024, resultando em perda de R$ 117 milhoes apenas em ICMS. Entre 2012 e 2024, MG registrou o fechamento de 11 fabricas clandestinas, ficando atras apenas de Sao Paulo, com 22.
O presidente do FNCP, Edson Vismona, afirma que a conexao entre contrabando e crime organizado deixou de ser hipotese. Ele destaca quatro impactos diretos: ao consumidor, ao poder publico, as empresas legais e, agora, à seguranca publica. Segundo Vismona, o cigarro clandestino se torna atrativo para faccoes devido à carga tributaria superior a 80%, o que aumenta a competitividade do produto ilegal e maximiza o lucro das quadrilhas.
Ele tambem alerta para o crescimento de fabricas clandestinas instaladas dentro do territorio nacional, que utilizam mao de obra análoga à escravidao, nao recolhem tributos e operam proximas ao mercado consumidor. Essa mudanca reduz a dependencia da rota caipira, tradicional corredor de contrabando vindo de regioes de fronteira. Minas Gerais se destaca nesse novo cenario por sua ligacao estrategica entre Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Gazeta de Varginha

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