Fábrica clandestina de cigarros no RJ mantinha paraguaios em trabalho escravo
gazetadevarginhasi
14 de mai.
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Divulgação
MPF resgata 22 paraguaios em fábrica clandestina de cigarros no Rio de Janeiro.
O Ministério Público Federal (MPF), em parceria com a Polícia Federal e a Polícia Civil, deflagrou nesta segunda-feira (12) uma operação para desarticular uma fábrica clandestina de cigarros que funcionava na cidade do Rio de Janeiro. No local, foram resgatados 22 trabalhadores paraguaios vítimas de tráfico internacional de pessoas e submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão.
A ofensiva, fruto da atuação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas e ao Contrabando de Migrantes (UNTC), localizou uma unidade de produção de cigarros falsificados de origem paraguaia com elevada capacidade produtiva, que abastecia o mercado ilegal em diversas regiões fluminenses.
Durante a ação, cinco homens apontados como gerentes e supervisores do esquema criminoso foram presos em flagrante. Os paraguaios resgatados, que teriam sido trazidos ilegalmente ao Brasil, estão agora sob acompanhamento das autoridades competentes para possível regularização migratória e adoção de medidas protetivas.
Segundo o MPF, a mão de obra especializada na produção de cigarros no Paraguai tem sido frequentemente explorada por organizações criminosas que operam fábricas ilegais no Brasil. Os equipamentos e materiais apreendidos foram encaminhados à Receita Federal, que dará andamento à perícia dos itens.
A operação reforça indícios de conexão com a Operação Libertatis, deflagrada em março, que investigou esquema semelhante envolvendo tráfico de pessoas e fabricação clandestina de cigarros, com presença de agentes públicos. A investigação seguirá apurando os envolvidos, que poderão responder por crimes como tráfico internacional de pessoas, trabalho escravo, organização criminosa, crimes contra a saúde pública, falsificação, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção.
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