29 anos, urna eletrônica ajuda a combater fraudes e garantir democracia nas eleições
gazetadevarginhasi
há 1 dia
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Urna eletrônica completa 29 anos como símbolo de segurança e democracia no Brasil.
Neste 13 de maio, a urna eletrônica completa 29 anos de existência e consolida-se como um dos maiores marcos da modernização do processo eleitoral brasileiro. Criado em 1996 pela Justiça Eleitoral, o equipamento surgiu como resposta a um longo histórico de fraudes eleitorais que marcaram o Brasil desde o Império.
Evolução para combater fraudes
Antes da informatização, o sistema de votação brasileiro era vulnerável a práticas como coação de eleitores, troca de urnas e inserção de votos falsos. Mesmo com a criação da Justiça Eleitoral em 1932, as falhas só começaram a ser superadas de forma efetiva com a automação do processo, que reduziu drasticamente a interferência humana, principal causa de erros e fraudes.
Entre os métodos de fraude mais comuns na votação manual estavam a “urna grávida” (com cédulas inseridas antes da votação), substituição e roubo de urnas, “voto formiguinha” e uso indevido de cédulas em estoque. A implantação da urna eletrônica buscou eliminar essas práticas, garantindo mais segurança e agilidade ao processo eleitoral.
A chegada da tecnologia às eleições
O modelo inicial, o UE96, foi usado em 1996 nas capitais brasileiras — exceto o Distrito Federal — e em 31 cidades com mais de 200 mil eleitores. Com teclado numérico, números em braile e impressora de votos, o equipamento atingiu cerca de 30% do eleitorado e deu início a uma revolução na votação.
Dois anos depois, em 1998, o sistema foi expandido para municípios com mais de 40 mil eleitores e, em 2000, foi adotado em todo o país, universalizando a votação eletrônica no Brasil.
Inovações contínuas
Desde então, a urna passou por 14 versões até chegar à mais recente, a UE2022, fabricada em 2023. O novo modelo apresenta melhorias como maior capacidade de processamento, teclado com toque sensível e recursos de acessibilidade. A evolução do equipamento acompanhou os avanços tecnológicos, sempre com foco em segurança, celeridade e inclusão.
O sistema conta com criptografia avançada, lacres físicos, e mecanismos que impedem o funcionamento fora do ambiente controlado. A transparência também é reforçada por auditorias públicas em todas as fases do processo eleitoral.
Inclusão e sustentabilidade
A acessibilidade foi ampliada com recursos como sintetizador de voz, fones de ouvido, braile e intérprete de Libras. Já os modelos mais recentes são mais econômicos, duráveis e recicláveis, reduzindo impactos ambientais.
Biometria reforça segurança
A identificação biométrica, implantada em 2008, tornou o processo ainda mais seguro. A tecnologia impede que uma pessoa vote no lugar de outra e ajuda a detectar registros duplicados. Atualmente, mais de 137 milhões de eleitores — cerca de 86% do total — já têm biometria cadastrada.
A coleta é feita presencialmente e integra também a Identificação Civil Nacional, sistema que permite o uso dos dados em diversos serviços públicos.
Confiança nas urnas
Em quase três décadas de uso, nunca houve comprovação de fraudes na urna eletrônica brasileira. O equipamento representa uma ruptura com o passado e se firmou como pilar da democracia, reforçando a confiança dos eleitores no processo eleitoral.
Mais do que um aparelho, a urna eletrônica é o símbolo de um Brasil que deseja escolher seu futuro com liberdade, segurança e respeito ao voto.
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