Haddad afirma que governo não discutiu revogação do aumento do IOF após reunião com Congresso
gazetadevarginhasi
há 6 dias
2 min de leitura
Após reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo federal não cogita revogar o aumento do IOF. O encontro, realizado na noite de quarta-feira (28), serviu para debater o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras, anunciado na semana anterior.
Segundo Haddad, a reunião teve como foco principal explicar aos parlamentares os impactos da revogação da medida. Ele alertou que, sem os R$ 20 milhões esperados com a arrecadação adicional, o governo precisaria adotar novos cortes no orçamento, comprometendo o funcionamento da máquina pública. “Em nenhum momento se discutiu revogação da medida”, enfatizou o ministro.
A declaração vem em meio a fortes críticas do Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou o aumento como “infeliz”, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), acusou o governo de ultrapassar suas competências ao decretar o reajuste sem consultar o Legislativo.
A insatisfação resultou na apresentação de mais de 20 projetos de deputados e senadores que visam revogar o decreto. Ainda assim, Haddad reforçou que a prioridade do governo é manter o equilíbrio fiscal. Uma nova reunião de líderes está marcada para esta quinta-feira (29), onde serão discutidas alternativas estruturais de médio e longo prazo.
O IOF incide sobre operações de crédito, câmbio e seguros. O plano original do governo previa arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025, ajudando a cumprir o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas.
Diante da reação negativa, dois pontos do aumento já foram revogados: a alíquota sobre investimentos de fundos nacionais no exterior, que subiria para 3,5%, foi mantida em 0%; e a taxa sobre remessas internacionais para investimento, que permanecerá em 1,1% em vez de 3,5%.
Comentários