HBP recebe novo acelerador linear que promete reduzir tempo de tratamento na radioterapia

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Máquina avaliada em R$ 9 milhões será menos invasiva e vai possibilitar ampliar e reduzir tempo de atendimentos

O Hospital Bom Pastor, de Varginha (MG), recebeu no último sábado (22) um novo equipamento que poderá dobrar o número de atendimentos no tratamento contra o câncer. O novo equipamento é um acelerador linear, que será usado na radioterapia. Essa nova máquina, com tecnologia de ponta, atua diretamente no tumor, sem comprometer outros órgãos, o que acontece com as máquinas de radioterapia comuns.

Segundo o presidente da Fundação Hospitalar Municipal de Varginha, Edson Antônio Menegueli, além de atuar diretamente no tumor, a nova máquina vai ampliar a capacidade de atendimentos e diminuir o tempo de tratamento.

"Hoje nós fazemos atendimentos em torno de 80 pessoas, que nós demoramos em 20 horas. Essa máquina, além dela ter uma precisão maior, vai fazer 100 atendimentos em aproximadamente 70% desse tempo", disse o presidente da fundação.

Varginha é referência para o tratamento de câncer de aproximadamente 100 cidades da microrregião. A máquina chegou em vários containers e deverá começar a funcionar apenas em 10 dias, após montagem e treinamento dos funcionários.

A expectativa da fundação hospitalar é atender 1,3 mil novos pacientes em um ano.

"Ela vem pra mudar. Com ela, será possível fazer a cirurgia sem ter que usar bisturi, Ela vai pegar o pequeno tumor que está no cérebro ou em qualquer parte do corpo, e consegue destruir sem ter que abrir, sem ter cirurgia", disse o presidente.

Ainda segundo Edson, hoje a média do tratamento em um equipamento normal é de 30 sessões. Na nova máquina, esse tempo vai cair para nove sessões.

"É uma tecnologia tão grande, que é a primeira máquina do tipo que temos no Sul de Minas. Na Índia, eles fazem tratamento em 160 pessoas/dia com esse equipamento, de tão moderno que é", completou.

A máquina custou aproximadamente R$ 9,5 milhões e foi comprada com recursos do município e de emendas parlamentares.

Fonte: G1