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INSS ultrapassa 41 milhões de benefícios pagos por mês e déficit previdenciário já supera R$ 200 bilhões

  • gazetadevarginhasi
  • 5 de set.
  • 2 min de leitura

Reprodução
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INSS ultrapassa 41 milhões de benefícios pagos por mês e pressiona contas públicas
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ultrapassou, em junho deste ano, a marca histórica de 41 milhões de benefícios pagos mensalmente, número que engloba aposentadorias, pensões e auxílios de diferentes modalidades.
De acordo com os dados oficiais da folha de pagamentos, foram exatamente 41.223.901 benefícios. Desses, 34,5 milhões são previdenciários, voltados a trabalhadores que contribuíram para a Previdência, e 6,6 milhões são assistenciais, destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade social. O desembolso bruto realizado pela União para arcar com essas despesas chegou a R$ 83 bilhões apenas no mês de junho.
Em uma comparação direta com o mesmo período de 2024, observa-se um crescimento expressivo. Naquela ocasião, o INSS atendia 40,2 milhões de pessoas, com gastos que totalizavam R$ 77,2 bilhões. Em apenas um ano, o sistema registrou um aumento superior a 1 milhão de beneficiários, além de um acréscimo de R$ 5,8 bilhões em despesas mensais.
Apesar da expansão da cobertura, o problema da fila de espera segue como um dos maiores desafios enfrentados pela Previdência. Em junho, havia 2,4 milhões de requerimentos pendentes, e o tempo médio de concessão dos pedidos chegou a 59 dias, evidenciando que a agilidade no atendimento ainda está longe do ideal.
Outro dado que chama atenção é a distribuição do valor dos benefícios. Do total, 21,6 milhões de segurados recebem até um salário mínimo (R$ 1.518), o que mostra a concentração da maior parte dos pagamentos na faixa básica. Em contrapartida, apenas 797 beneficiários conseguem atingir o teto previdenciário, fixado em R$ 8.157,41.
Em relação ao desempenho de maio, houve retração. O número de concessões caiu 7,27%, enquanto o valor pago registrou queda de 8,71%. No mês de junho, foram concedidos 713,9 mil novos benefícios, dos quais 630,3 mil previdenciários, 83,6 mil assistenciais e 32 especiais.
Esse aumento contínuo do número de beneficiários pode ser explicado, em parte, pela implementação do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social, criado com o objetivo de acelerar tanto as análises administrativas quanto os exames médico-periciais. Desde 2022, os resultados desse esforço são visíveis: o total de benefícios cresceu de 31,5 milhões para mais de 41 milhões, representando um salto de quase 10 milhões em apenas três anos.
No entanto, o crescimento da folha de pagamentos tem um efeito direto sobre as contas públicas. O déficit do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) ultrapassou a marca de R$ 200 bilhões apenas no 1º semestre de 2025. Trata-se do maior valor já registrado na série histórica para esse período, superando até mesmo o ano de 2020, quando os gastos extraordinários da pandemia pressionaram os cofres públicos.

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Gazeta de Varginha

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