Judiciário mineiro debate uso responsável de IA no 38º Encor em Varginha
gazetadevarginhasi
há 33 minutos
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Divulgação
38º Encor destaca uso técnico e responsável da inteligência artificial no Judiciário mineiro.
Realizado em Varginha, no Sul de Minas, entre 26 e 28 de novembro, o 38º Encontro da Corregedoria-Geral de Justiça (Encor) reuniu magistrados de 46 comarcas da 4ª Região, além de desembargadores, juízes auxiliares e servidores da Corregedoria e da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef). Durante três dias, o evento promoveu debates, capacitações e troca de experiências voltadas ao aprimoramento da prestação jurisdicional.
Esta edição colocou em evidência a modernização das rotinas das serventias, o fortalecimento da atuação correcional e, principalmente, o papel das novas tecnologias — em especial a inteligência artificial (IA) — como ferramenta de apoio ao trabalho judicial.
IA no Judiciário
Os dois primeiros dias do encontro foram dedicados a debates sobre o uso da IA no Judiciário, com foco na gestão processual inteligente, na automação do sistema eproc e nas implicações éticas e estratégicas da adoção dessas tecnologias.
Oficinas práticas
No último dia (28/11), magistrados participaram de uma oficina prática sobre o uso de IA generativa na elaboração de decisões, minutas e rotinas de gabinete. Foram abordadas técnicas de criação de prompts, desde conceitos básicos até estratégias avançadas de precisão e segurança no uso das ferramentas.
Os facilitadores destacaram a importância de comandos bem estruturados, contextualização adequada e personalização das minutas para preservar o estilo individual de cada julgador, evitando decisões padronizadas. Os participantes também realizaram exercícios guiados para treinar a formulação de instruções eficientes.
Magistrados avaliaram positivamente o treinamento.A juíza Cibele Cristina Lopes de Sá Duarte, da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e Juventude de Campos Gerais, afirmou que a oficina ampliou sua visão sobre o tema e reforçou a necessidade de domínio técnico do uso da IA:
“Nenhum recurso tecnológico substitui a análise do magistrado, mas contribui muito para a produtividade.”
Já o juiz João Paulo Santos da Costa Cruz, do Juizado Especial de Santa Rita do Sapucaí, destacou que o encontro mudou sua perspectiva sobre o uso da IA no trabalho:
“A oficina foi instigadora ao mostrar possibilidades reais de uso e facilidades. Segurança é fundamental, mas saio motivado a explorar as ferramentas.”
Encerramento e reconhecimentos
Ao encerrar o encontro, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Estevão Lucchesi de Carvalho, agradeceu o empenho dos participantes e reforçou o compromisso institucional com a melhoria contínua da prestação jurisdicional.
Ele reconheceu o esforço dos magistrados que se deslocaram para participar das atividades, mesmo diante da elevada carga de trabalho:
“O investimento que cada um faz ao estar aqui é para melhorar o trabalho e o serviço prestado à sociedade.”
O corregedor também agradeceu o apoio da Diretoria Executiva de Comunicação (Dircom), dos juízes auxiliares, servidores da Corregedoria, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e das equipes de apoio logístico. Fez referência especial ao chefe de gabinete, Roberto Brant, responsável pela coordenação operacional do evento, e destacou a contribuição da vice-corregedora-geral de Justiça, desembargadora Kárin Liliane de Lima Emmerich.
O desembargador encerrou as atividades reiterando sua satisfação em concluir mais uma edição do Encor.