Lula chama de "bravata" plano de Trump para expulsar palestinos de Gaza
6 de fev.
Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o plano de Donald Trump de remover os palestinos da Faixa de Gaza e tomar o controle da região, após a devastação causada pela guerra. Em entrevista a rádios mineiras, Lula chamou as declarações de Trump de "incompreensíveis" e desafiou a lógica de expulsar os palestinos sem oferecer uma solução concreta sobre para onde eles iriam.
Ele também considerou o ataque israelense em Gaza como um "genocídio" e pediu que os EUA respeitem os países e parem de fazer declarações que, segundo ele, são "bravatas".
Trump havia sugerido que os Estados Unidos assumiriam o controle de Gaza, desmantelando as armas não detonadas e reconstruindo a região.
Ele propôs a "retirada permanente" dos palestinos da Faixa de Gaza, alegando que os mais de 2 milhões de habitantes poderiam ser realocados em outros países, como Egito e Jordânia, ideia rejeitada pelos países árabes da região e pela ONU. Juristas e diplomatas consideraram a proposta uma violação das Convenções de Genebra, configurando limpeza étnica.
Em sua reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump reafirmou que a ideia de tomar o controle de Gaza era um projeto de longo prazo para transformá-la na "Costa Azul do Oriente Médio".
A proposta foi amplamente rejeitada, com a ONU condenando-a e alertando sobre os riscos para o futuro de um Estado palestino.
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