top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Melhoramento genético eleva qualidade e produtividade do café em Minas Gerais

  • gazetadevarginhasi
  • 31 de mar.
  • 2 min de leitura
Reprodução
Reprodução
Minas Gerais se consolida como referência na produção de café no Brasil, impulsionada por condições climáticas favoráveis, dedicação dos produtores e avanços científicos. O melhoramento genético do cafeeiro tem sido um fator determinante para o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade do grão.

Pesquisas conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades, têm desenvolvido novas cultivares adaptadas às diversas condições de produção da cafeicultura mineira. O pesquisador da Epamig, Gladyston Carvalho, destaca que o objetivo é gerar conhecimento para os cafeicultores e proporcionar ganhos significativos na produtividade por meio da genética do café.

"Minas Gerais conta com 587 municípios produtores de café, sendo o maior produtor do Brasil, com cerca de 50% da área cafeeira nacional e 40% da produção total. A pesquisa agropecuária é fundamental para o sustento de milhares de produtores", afirma Carvalho.

Vinícius Andrade, também pesquisador da Epamig, destaca que, embora a área de plantio de café no Brasil não tenha crescido expressivamente, a produtividade aumentou consideravelmente desde a década de 1980. "A média de produtividade, que era de sete sacas por hectare, hoje atinge entre 25 e 30 sacas por hectare. As pesquisas garantem não apenas maior rentabilidade ao produtor, mas também a continuidade da atividade cafeeira pelas novas gerações."
Avanços genéticos impulsionam produtividade
Minas Gerais é líder nacional na produção de café graças a décadas de investimentos em pesquisas genéticas. Cultivares como Topázio MG1190, MGS Paraíso 2, MGS EPAMIG 1194, MGS Aranãs e MGS Ametista são exemplos do avanço científico na busca por maior produtividade, vigor e qualidade do grão. Até o momento, a Epamig já registrou mais de 20 cultivares adaptadas às condições do estado.

O processo de desenvolvimento de uma nova cultivar é longo, podendo levar de 20 a 30 anos. A técnica envolve a hibridação, cruzando características desejadas de diferentes plantas. Nos primeiros 12 anos, os estudos ocorrem em campos experimentais e, após rigorosos testes, as cultivares são registradas e recomendadas para uso comercial.

Entre 2016 e 2022, a Epamig realizou um projeto de avaliação de cultivares no Cerrado Mineiro, com apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e do Consórcio Pesquisa Café. O estudo permitiu identificar cultivares com maior potencial para a região, ampliando a segurança na escolha de variedades adaptadas ao clima e ao solo local. O projeto agora se expande para outras regiões cafeeiras de Minas Gerais.

Sucesso na prática
O impacto do melhoramento genético pode ser visto na história de produtores como Alexandre Vilela, quarta geração de cafeicultores no Sítio Refazenda, em Nepomuceno, Sul de Minas. Ele apostou na reestruturação das lavouras com novos materiais genéticos.

"Acreditamos na ciência, e os materiais desenvolvidos pela Epamig têm demonstrado excelente desempenho. Cultivares como Catiguá MG2, MGS Aranãs e MGS Paraíso 2 trouxeram ganhos significativos em produtividade e qualidade", relata Vilela.

Com o avanço da pesquisa e da tecnologia, Minas Gerais segue como referência mundial na produção de café de alta qualidade, garantindo maior eficiência para os produtores e fortalecendo a tradição do grão no Brasil.

Fonte:Agência Minas

Comments


Gazeta de Varginha

bottom of page