Polícia Civil mira policiais penais e advogados suspeitos de corrupção em Minas
gazetadevarginhasi
há 1 dia
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Divulgação
Operação Sem Sinal investiga corrupção e tráfico envolvendo policiais penais e advogados em Minas.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã de terça-feira (4/6), a operação Sem Sinal nos municípios de Curvelo e Inimutaba, situados na região Central do estado. A ofensiva tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em uma série de delitos, incluindo corrupção, tráfico de drogas e favorecimento real.
Durante a ação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Os alvos das diligências foram, principalmente, residências de policiais penais e advogados. As equipes apreenderam documentos, computadores, celulares e outros materiais considerados relevantes para o aprofundamento das investigações.
Segundo informações colhidas pelas autoridades, o grupo criminoso promovia o ingresso de drogas, aparelhos celulares e outros itens proibidos no sistema prisional da região. A apuração também aponta para indícios de que agentes públicos estariam atuando em conluio com advogados, facilitando a entrada desses materiais nas unidades prisionais.
As investigações são conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com o apoio do Setor de Inteligência do Presídio de Curvelo e da Polícia Civil. O cumprimento dos mandados foi acompanhado por representantes da Corregedoria do Sistema Prisional, além do presidente da subseção da OAB e do presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB na região.
Como medida cautelar, a Justiça determinou o afastamento de policiais penais suspeitos de suas funções públicas, visando garantir a ordem e evitar interferências nas investigações. Também foi ordenada a suspensão do porte de arma dos envolvidos, com o recolhimento imediato dos armamentos.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que repudia qualquer desvio de conduta por parte de seus servidores. A pasta ressaltou que casos dessa natureza são acompanhados com rigor, com adoção de medidas administrativas dentro do devido processo legal, garantindo o contraditório e a ampla defesa.
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