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Minas investe na excelência do azeite com tecnologia e inovação na Epamig

Minas investe na excelência do azeite com tecnologia e inovação na Epamig
Reprodução
Epamig moderniza laboratório para elevar qualidade do azeite em Minas Gerais.

O Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), localizado em Maria da Fé, no Sul de Minas, está ampliando seus serviços para os empreendedores da olivicultura, oferecendo suporte em todas as fases da cadeia produtiva.

A unidade agora conta com um laboratório de análises físico-químicas modernizado, graças a novos equipamentos adquiridos por meio do edital PPE 00049/21, financiado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O mesmo recurso também possibilitou a modernização da agroindústria da unidade.

As análises de qualidade do azeite realizadas pela Epamig seguem parâmetros físico-químicos e sensoriais. Atualmente, os testes incluem determinações de acidez livre, índice de peróxidos e extinção específica no ultravioleta, permitindo que pesquisadores e produtores tenham um conhecimento mais detalhado sobre a qualidade do produto.

“São parâmetros essenciais para definir tanto a qualidade quanto a classificação do azeite como extravirgem, virgem ou lampante (impróprio para consumo direto, mas que pode ser refinado e misturado com azeite virgem)”, explica Amanda Souza, pesquisadora de pós-doutorado da Epamig.

Rumo à acreditação oficial
A equipe do laboratório da Epamig busca a acreditação junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o credenciamento na Rede de Laboratórios do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para que possa emitir laudos oficiais sobre a classificação do azeite. Atualmente, os resultados das análises são utilizados apenas como referência por produtores e pesquisadores.

Além disso, um novo projeto já aprovado prevê a implantação de um painel sensorial na Epamig. Embora a avaliação sensorial não seja obrigatória, ela é um critério previsto na legislação para determinar a qualidade do azeite. Atualmente, apenas dois laboratórios no Brasil realizam esse tipo de análise: o da Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio de Janeiro, e o de Defesa Agropecuária do Mapa, no Rio Grande do Sul.

Amanda Souza destaca que a avaliação sensorial complementa as análises físico-químicas, permitindo identificar defeitos que não são detectáveis por equipamentos. “A análise sensorial identifica atributos positivos, como frutado, amargor e picância, e negativos, como ranço, fermentado e mofo”, explica.

A combinação entre informações físico-químicas e sensoriais impacta diretamente tanto os produtores, na definição do valor comercial do azeite, quanto os consumidores, que terão acesso a mais informações sobre o produto adquirido. “A acidez por si só não assegura a qualidade do azeite. Há outros parâmetros que precisam ser observados”, alerta a pesquisadora.

Tecnologia e inovação na análise do azeite
Durante seu doutorado na Universidade Federal de Lavras (Ufla), Amanda Souza desenvolveu um método inovador para análise da qualidade do azeite de oliva utilizando smartphones. A pesquisa, conduzida no Laboratório de Pesquisa em Química e Análise de Alimentos (Laquili) sob a orientação do professor Cleiton Nunes, propõe substituir técnicas tradicionais por imagens digitais para determinar índices de peróxidos e acidez livre.

“A ideia foi substituir a técnica oficial por uma abordagem mais acessível, utilizando a colorimetria por imagem digital”, explica Amanda.

O método tem diversas vantagens: além de ser mais econômico, pois utiliza apenas um smartphone em vez de equipamentos de laboratório, ele é mais preciso ao eliminar avaliações visuais subjetivas e também mais sustentável, reduzindo em até 98% o uso de reagentes químicos.

Com essas inovações, a Epamig avança na oferta de soluções para a olivicultura, fortalecendo a produção de azeite de alta qualidade e impulsionando o setor no Brasil.
Fonte: Agência Minas

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