Monitoramento de Pix acima de R$ 5 mil inspira memes e levanta debate nas redes
13 de jan.
Reprodução
A recente decisão da Receita Federal de monitorar transações financeiras por Pix e cartão de crédito que ultrapassem R$ 5.000 para pessoas físicas e R$ 15.000 para empresas gerou intensa repercussão nas redes sociais. Com o auxílio de inteligência artificial, internautas têm criado paródias envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Vídeos mostram Lula em um trio elétrico "cantando" sobre o tema, enquanto figuras públicas como a primeira-dama Janja, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro Alexandre de Moraes aparecem "dançando" ao lado do ministro da Fazenda. Frases como “o leão está com fome” e “esqueça o Pix e volte a usar dinheiro em espécie” viralizaram, alimentando o humor na internet.
Entenda a mudança
A Receita Federal agora receberá dados de operadoras de cartão de crédito e instituições financeiras sobre movimentações acima de R$ 5.000 mensais para pessoas físicas e R$ 15.000 para empresas. O objetivo é identificar irregularidades fiscais e evitar a evasão tributária.
Essas informações serão enviadas semestralmente por meio do sistema e-Financeira. O Fisco ressalta que o monitoramento busca aumentar a transparência e reforçar compromissos internacionais, como o Padrão de Declaração Comum (CRS).
Embora não haja imposto diretamente sobre o Pix, a medida permite rastrear rendas de trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família que, com a popularização dos meios digitais, passam a ter seus rendimentos registrados e vinculados ao CPF.
Reações e críticas
Partidos de oposição e figuras públicas criticaram a medida, afirmando que ela impacta trabalhadores informais e pequenas movimentações. Apesar disso, a Receita defende que o sistema visa apenas evitar a sonegação de impostos e que os contribuintes dentro da faixa de isenção anual (até R$ 27.110,40) não serão afetados.
Com o monitoramento, milhões de pessoas que antes recebiam em dinheiro passam a ter seus rendimentos fiscalizados, ampliando a base de arrecadação do Imposto de Renda.
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