Moradores protestam contra retirada de trailers de lanche e corte de árvores em Poços de Caldas, MG

Foto: Marcos Corrêa e Redes sociais

Moradores de Poços de Caldas manifestaram nesta terça-feira (21) contra ações da prefeitura. Na câmara municipal, proprietários dos trailers de lanche protestaram contra o andamento das obras da Alameda Poços. Já na Avenida João Pinheiro, moradores colocaram cruzes nos locais onde árvores foram cortadas.

Durante sessão na Câmara de Vereadores, os comerciantes reivindicaram a paralisação das obras e solução por parte do Executivo. O prazo para que os proprietários retirem os trailers do local vai até o dia 27 desde mês.

Segundo o presidente da Câmara, a sessão foi interrompida para que os comerciantes fossem ouvidos. Depois de um tempo, a reunião foi retomada, mas os proprietários continuaram no plenário se manifestando.

A intenção era conseguir que os vereadores intermediassem uma reunião com a prefeitura, que, segundo os proprietários, ainda não aconteceu. Ainda de acordo com os comerciantes, as informações que receberam até o momento chegaram por meio de redes sociais.

Ao fim da sessão, o presidente se reuniu novamente com os manifestantes e uma reunião foi marcada para às 14h desta quarta-feira (22). O encontro deve acontecer na prefeitura e reunirá representantes dos trailers, advogados, vereadores e representante da prefeitura. Os comerciantes deixaram a Câmara por volta de 23h.

Na manhã desta quarta, os comerciantes seguiam na praça na tentativa de impedir que as obras avancem antes da reunião e que não sejam colocados os tapumes.

Segundo a prefeitura, os donos de trailers teriam até esta quarta (22) para manifestar interesse em três áreas disponibilizadas pelo município, entre o pátio do estacionamento do Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, área anexa ao Tathersal ou uma área no bairro Jardim das Azaleias. Depois disso, eles terão mais cinco dias, até o dia 27 de março, para retirarem as coisas do local.

Foto: Marcos Corrêa

Cruzes na João Pinheiro

Já na Avenida João Pinheiro, moradores protestaram contra a retirada de árvores do local. Os manifestantes colocaram 93 cruzes onde foram feitos os cortes, mas o material já havia sido retirado pela prefeitura na manhã desta quarta-feira (22).

"As cruzes foram colocadas com a intenção de visualizar a quantidade de mortes que estão acontecendo e não tem intuito de parar de acontecer", afirmou Julia Montezano.

Foto: Redes sociais

Um laudo feito pela prefeitura em 17 de março indicou que 70 árvores precisavam ser cortadas por apresentarem riscos ao usuário da via. O laudo diz ainda que elas se encontram fora de prumo, danificando calçadas e apresentando sinais de apodrecimento. O documento foi assinado pelo engenheiro florestal, Carlos Alberto Battesini.

Na segunda-feira (20), um grupo de moradores enviou um pedido ao Ministério Público pedindo aos órgãos competentes a “a imediata paralisação da obra de retiradas de todas as árvores da Avenida João Pinheiro - sentido Centro-Bairro até que esclarecimentos sejam sanados”. O documento também mostra fotos e informações sobre as árvores.

g1