Moraes manda soltar 11 sul-mineiros presos pelos atos do dia 8 de janeiro

Reprodução TvMinas

Libertados vão ser monitorados por tornozeleira eletrônica e precisam cumprir uma série de restrições. Ao total são 130 denunciados soltos.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (13) a soltura de mais 130 presos já denunciados pelos atos do dia 8 de janeiro, que culminaram na invasão e depredação de prédios dos Três Poderes em Brasília. Eles responderão ao processo em liberdade.

A decisão se deu após o parecer favorável da Procuradoria Geral da República (PGR), que concordou com a aplicação de medidas cautelares aos acusados. Eles foram denunciados por incitação ao crime e associação criminosa. Para Moraes, como já foi apresentada denúncia por parte do MP e eles não representam mais risco processual ou a sociedade, não há necessidade de manutenção da prisão.

Os soltos pela decisão desta segunda-feira, assim como aqueles que já haviam sido libertados, estão proibidos de ausentar-se da comarca, devem cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e no final de semana, serão monitorados por tornozeleira eletrônica, precisam se apresentar perante a Justiça semanalmente, às segundas-feiras, não podem se ausentar do país, tiveram seus passaportes cancelados, assim como porte de arma de fogo, não podem usar redes sociais e nem se comunicar com outros envolvidos.

Um dia após os atos do dia 8, 2.151 pessoas foram presas diante do quartel do Exército em Brasília. Dessas, 745 não chegaram a ficar detidas e foram liberadas após identificação. São os casos de maiores de 70 anos, pessoas com idade entre 60 e 70 anos e que possuíam comorbidades e outras 50 mulheres que estavam com filhos menores de 12 anos nos atos.

Dos 1.406 que ficaram detidos, continuam presos hoje 310 homens e 82 mulheres. Os demais já foram libertados.

De acordo com o balanço do STF, 919 pessoas já foram denunciadas pela PGR por incitação ao crime e associação criminosa. Dessas, 219 também são acusadas de outros delitos, mais graves, como dano qualificado, abolição violenta do estado de direito e golpe de Estado. Dos sul-mineiros identificados até o momento: 11 pessoas tiveram as prisões provisórias convertidas para preventivas e seguem presas em Brasília (DF); 13 pessoas foram liberadas mediante medidas cautelares.

Outros 11 moradores do Sul de Minas seguem presos em Brasília. Outros dois moradores já tinham sido liberados em decisões anteriores.

Itajubá e Poços de Caldas são as cidades com o maior número de moradores identificados. Itajubá tem oito moradores que ficaram presos, enquanto Poços de Caldas tem seis. Fama, Cabo Verde e Pouso Alegre aparecem com dois identificados, enquanto Passos, Capetinga e Bueno Brandão tiveram uma pessoa cada. Moradores do Sul de MG que foram presos:

Ana Paula Favero de Oliveira, 45 anos, de Poços de Caldas

Claudete Aparecida Tristão, 52 anos, de Cabo Verde

Cláudio da Silva, de Poços de Caldas

Douglas Augusto Pereira, 33 anos, Pouso Alegre

Elias Alves da Silva, 34 anos, de Poços de Caldas

Fabiana Sanches do Prado, de Poços de Caldas

Francismar Aparecido da Silva, 46 anos, de Itajubá

Frankin Guerra Lamoglia, 45 anos, de Itajubá

Gabriella de Souza, de Poços de Caldas

Gilcemar Faria de Oliveira, de Itajubá

Gustavo Henrique Gerônimo de Assis Silva, 23 anos, de Passos

Henrique Ozana de Oliveira Souza Correa, de Poços de Caldas

Juliano Seabra de Vasconcelos, 56 anos, de Pouso Alegre

Marcelo Henrique da Silva, de Cabo Verde, 38 anos

Marciano Avelino Borges, de Itajubá

Marco Aurélio Faria de Oliveira, de Itajubá

Matheus Silva Faria de Oliveira, de Itajubá

Ricardo Cardoso de Abreu, de Capetinga

Ruan Kleiton Ribeiro, de Itajubá

Roseli Aparecida de Araújo, 28 anos, de Poços de Caldas

Thaise Aparecida Ribeiro, de Fama

Valdinei Marçal Brandão, de Bueno Brandão

Vanderson Aureliano Mendes, de Itajubá

O TEMPO