Movimento Pró-Vidas cobra início das obras da BR-381 e lança campanha por verba federal

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Movimento lança campanha por R$ 650 milhões para duplicação da BR-381.

Durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (26/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o Movimento Pró-Vidas da BR-381 lançou a campanha “R$ 650 milhões pela vida”, em defesa da duplicação da rodovia entre Belo Horizonte e Governador Valadares. O valor, segundo o coordenador do movimento, Clésio Gonçalves, é necessário para garantir o início das obras em 2026.

A conta apresentada inclui R$ 350 milhões para obras entre Belo Horizonte e Caeté, R$ 150 milhões para desapropriações e R$ 150 milhões para o reassentamento de famílias. “Vamos mobilizar a bancada mineira e o governo federal para garantir esse valor no orçamento do Dnit”, afirmou Clésio.

A audiência foi promovida pela Comissão de Transporte da ALMG, a pedido do deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), para discutir o andamento das obras da concessão e a parte sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), especialmente o trecho BH–Caeté, excluído da concessão por exigir muitas desapropriações. O restante do trecho até Governador Valadares será executado pela concessionária Nova 381, com investimento total de R$ 9 bilhões ao longo de 30 anos.

O superintendente regional do Dnit em Minas, Antônio Gabriel dos Santos, afirmou que a conclusão das obras é prevista para 2028, mas nenhuma intervenção foi iniciada até o momento. Para 2025, a prioridade será concluir o projeto de engenharia. “O projeto pode ser executado em etapas, sem precisar estar pronto em toda a extensão”, disse.

Uma das prioridades citadas é a duplicação da ponte sobre o Rio das Velhas. “Com a liberação de uma nova ponte paralela, já eliminamos um gargalo importante”, pontuou Santos.

O projeto da duplicação do trecho BH–Caeté está sob responsabilidade da Construtora Luiz Costa. O engenheiro Guilherme Coimbra Balsamão alertou para a necessidade de colaboração dos proprietários de terrenos às margens da rodovia. “Sem a anuência dos donos, o projeto não sai do papel”, destacou.

Fonte: ALMG