Muito além da norma: a cultura de segurança que a NR-25 inspira
- Elisa Ribeiro
- 17 de set.
- 5 min de leitura

Olá, queridos leitores!
A Norma Regulamentadora nº 25 (NR-25), do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece as diretrizes de proteção dos trabalhadores que lidam com riscos de armazenamento de produtos perigosos e de resíduos perigosos. Ela orienta empresas e equipes de segurança do trabalho a adotarem medidas preventivas, controles administrativos e requisitos mínimos de infraestrutura para reduzir incidentes e doenças ocupacionais.
Principais objetivos
Garantir a integridade física dos trabalhadores expostos a atividades com carga, armazenamento inadequado e manipulação de resíduos perigosos.
Estabelecer critérios para o armazenamento de substâncias perigosas, de forma a evitar vazamentos, explosões e contaminações.
Definir responsabilidades de empregadores, empregados e serviços especializados em engenharia de segurança para prevenir riscos.
Abrangência e áreas abordadas
Armazenamento de produtos perigosos: a NR-25 descreve condições de acondicionamento, ventilação, segregação de substâncias incompatíveis, controle de compatibilidade química, rotulagem e inventário de estoques. Devem ser obedecidas as normas técnicas oficiais e as fichas de dados de segurança (FDS) de cada produto.
Resíduos perigosos: estabelece procedimentos para coleta, segregação, armazenamento temporário, transporte interno e destinação final, bem como a segregação de resíduos conforme classe de risco.
Infraestrutura e procedimentos: demanda condições adequadas de iluminação, ventilação, sinalização, acessos, vias de circulação e procedimentos operacionais padrões (POP’s) para manejo seguro de substâncias perigosas.
Controle de acessos: restringe a entrada de pessoas não autorizadas em áreas de armazenamento de substâncias perigosas ou de resíduos perigosos.
Inventário: Inventário atualizado de substâncias perigosas e resíduos, com classificação, compatibilidade e quantidades.
Controles: Emissões, vapores e poeiras controlados por sistemas de ventilação e exaustão adequados.
Mobiliário: Armários, tanques, pallets, contenção secundária e proteções para evitar derramamentos e contaminação.
Planos de emergência: com procedimentos de evacuação, combate a incêndios e primeiros socorros.
Inspeções e manutenções periódicas de equipamentos de armazenamento, contenção de derrames e EPIs.
Responsabilidades
Empregadores: implementar controles, treinamento, sinalização e manutenção de infraestrutura; manter documentação da NR-25 atualizada; realizar avaliações de risco e planejar ações corretivas.
Trabalhadores: cumprir normas de segurança, usar EPIs, seguir pops e reportar condições inseguras.
Serviços especializados: realizar medições, inspeções técnicas, consultoria em armazenamento seguro e gestão de resíduos perigosos, conforme necessário.
Boas práticas para conformidade
Criar um inventário digital acessível com informações sobre cada produto perigoso e resíduo.
Desenvolver pops claros para armazenamento, manuseio e descarte.
Realizar treinamentos periódicos com simulações de emergências.
Implementar planos de contingência para vazamentos, incêndios e exposições acidentais.
Realizar inspeções regulares de inflamáveis, tóxicos e materiais incompatíveis.
Aplicabilidade prática Empresas em setores como petroquímica, química, construção, indústria de transformação, mineração e logística frequentemente lidam com substâncias perigosas e precisam obedecer à NR-25 para evitar incidentes graves. A conformidade reduz riscos, melhora a segurança ocupacional e facilita auditorias regulatórias.
Treinamentos
A NR 25 não traz nenhuma obrigatoriedade de aplicação de cursos voltados para os resíduos perigosos, porém no quesito legislação ambiental podemos como profissionais de TST podem e devem implementar diversos curso para promover a cultura de higiene, saúde e segurança do trabalho em preservação ambiental.
Treinamento de formação geral sobre NR-25
Objetivo: apresentar os conceitos básicos da norma, responsabilidades, fluxos de compliance e a importância da proteção a substâncias perigosas e resíduos.
Conteúdo típico: fundamentos de segurança, classificação de substâncias, leitura de FDS, controles administrativos e de engenharia, responsabilidades do empregador, do empregado e do SESMT.
Carga horária livre, podendo partir de 04 horas até 10 horas de treinamento.
Treinamento de identificação e ficha de dados de segurança (FDS)
Objetivo: capacitar o trabalhador a entender e usar as FDS para cada produto perigoso.
Conteúdo típico: leitura de FDS, identificação de riscos, medidas de proteção, primeiros socorros básicos, armazenamento e manuseio seguro.
Carga horária livre, podendo partir de 04 horas até 10 horas de treinamento.
Treinamento de armazenamento, manuseio e manuseio seguro de substâncias perigosas
Objetivo: instruir sobre acondicionamento correto, segregação, compatibilidade química, rotulagem e controles de derramamento.
Conteúdo típico: regras de armazenamento, utilização de EPIs, equipamentos de contenção, procedimentos para derramamentos.
Vale lembrar que os condutores de veículos de transporte de resíduos perigosos devem possuir o curso de MOPP – Movimentação de Produtos Perigosos, sendo este curso regulamentado pelo órgão de trânsito e a carga horária inicial é obrigatória de 50 horas aulas e a reciclagem é de 16 horas aulas.
Agora o treinamento livre pode partir de uma carga horária de 04 a até 10 horas.
Treinamento de emergências e resposta a incidentes
Objetivo: preparar para situações de vazamento, incêndio, explosões ou exposição acidental.
Conteúdo típico: planos de emergência, evacuação, combate a incêndio, primeiros socorros, comunicação de incidentes.
Este curso deve estar em consonância com a equipe de respostas a emergências, brigadistas profissionais civil e engenheiros de segurança do trabalho, pois evolve p plano de emergência da empresa e é muito importante haver uma prática simulada neste curso com toda a equipe envolvida.
A carga horária recomendada deverá ser de no mínimo de 40 horas ou até mais conforme o tipo de planta foi projetado a edificação.
Treinamento de procedimentos operacionais padrões (POP’s) relacionados a substâncias perigosas
Objetivo: alinhar o comportamento seguro no dia a dia.
Conteúdo típico: fluxo de trabalho seguro, inspeções, controles de acesso, higiene ocupacional.
Carga horária recomendada de 08 horas é o suficiente para este tipo de treinamento.
Treinamento de vigilância e uso de EPIs
Objetivo: garantir uso correto, ajuste e manutenção de EPIs específicos para substâncias perigosas.
Conteúdo típico: seleção de EPIs, guarda-roupa, calibração e inspeção de EPIs, descarte adequado.
Este curso deve estar em conformidade com a NR 06 e pode ter entre 04 e 16 horas a depender do tipo e particularidade dos EPI’s utilizados.
Treinamento de controle de resíduos perigosos
Objetivo: capacitar sobre segregação, armazenamento temporário, transporte interno e destinação.
Conteúdo típico: classificação de resíduos, rotulagem, veículos de transporte internos, documentação.
A carga horária pode estar entre 06 a 12 horas a depender do tipo de resíduos recebidos na planta.
Treinamento de inspeções e manutenções preventivas
Objetivo: reforçar a importância de inspeções periódicas de armazenamento, contenção de derramamentos e equipamentos.
Conteúdo típico: checklists, registros de manutenção, planos de melhoria.
A carga horária pode ser variada, pois neste treinamento pode se aprofundar em algum tipo de manutenção mais específica, ficando a escolha conforme a necessidade do momento, lembrando que é uma modalidade livre.
Treinamento de conscientização sobre riscos e cultura de segurança
Objetivo: promover comportamento seguro e reporte de condições inseguras.
Conteúdo típico: estudo de casos, simulações de incidentes, canais de comunicação de riscos.
A carga horária pode ser bem dinâmica e livre, pois deve-se sempre implementar a cultura de segurança e dar continuidade, pode trabalhar desde uma carga horária entre 02 horas até 08, podendo ser curso ou ciclo de palestras com dinâmicas.
Observações rápidas:
A NR-25 não exige treinamentos periódicos; a frequência deve ser definida pela empresa com base no risco e em mudanças de processo.
Os treinamentos devem ser documentados, com lista de presença, conteúdo ministrado por profissionais com formação em segurança e meio ambiente e com responsáveis técnicos.
Se você precisa capacitar seus colaboradores quanto aos melhores requisitos para atuarem no ramo dos resíduos perigosos, fale com a R-SARTO, não perca tempo e qualifique-os e saia na frente! Temos também no formato EaD o curso de MOPP – Movimentação de Produtos Perigosos para os motoristas que transportam os resíduos perigosos.
Consulte a R-SARTO Treinamentos e solicite um orçamento! (35) 99972-2265

Engenheiro Civil e Engenheiro de Segurança do Trabalho, com pós-graduação em Pavimentação e Restauração Rodoviária. Especialista em Máquinas Pesadas e Equipamentos, atua com foco em obras de infraestrutura, segurança operacional e treinamentos técnicos. É proprietário da R-SARTO Treinamentos e Engenharia, empresa dedicada à capacitação profissional e soluções técnicas para o setor da construção e transporte. Atua como colunista da Gazeta de Varginha, abordando temas voltados à engenharia aplicada, segurança em obras e desenvolvimento técnico.
Contato profissional: rsartotreinamentos@gmail.com | sartotreinamentomaquinas@gmail.com
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