Mãe confessa ter matado filho de 9 anos em Belo Horizonte após agressões: “Passei do ponto”
gazetadevarginhasi
há 3 dias
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Fonte: o tempo
Um crime brutal chocou Belo Horizonte. Artur Pereira Alves, de 9 anos, morreu no dia 23 de agosto, após ser agredido pela própria mãe, Lauriza Pereira de Brito, de 24 anos, no bairro Barreiro. A mulher confessou o crime, alegando que “passou do ponto” após usar drogas durante todo o dia. Ela e o companheiro, Deivisson Moreira, de 39 anos, padrasto da vítima, estão presos temporariamente.
Os detalhes foram divulgados nesta quinta-feira (16/10) pelos delegados Evandro Radaelli e Adriano Soares, da Polícia Civil de Minas Gerais.
“A criança chegou ao hospital com diversos ferimentos e morreu em razão de uma hemorragia. Conseguimos apurar, por meio de depoimentos e da própria mãe, que as agressões eram frequentes”, afirmou o delegado Evandro Radaelli, da 2ª Delegacia de Homicídios do Barreiro.
Menino gritou por socorro antes de morrer
De acordo com o delegado, vizinhos ouviram Artur pedindo ajuda momentos antes de perder os sentidos.
“Temos relatos de que a criança gritava por socorro, sentindo dores. A mãe contou que o pegou no colo, ele desmaiou e não acordou mais. Depois, ela pediu ajuda para levá-lo ao Hospital Júlia Kubitschek”, relatou Radaelli.
A Polícia Civil confirmou que Lauriza e o companheiro foram presos nessa quarta-feira (15/10), após a Justiça acatar o pedido de prisão temporária.
“A mãe já havia sido presa três vezes em flagrante por tráfico de drogas em Betim, nos anos de 2022 e 2023. O pai biológico da criança, que não tem relação com o crime, cumpre pena por tráfico. O padrasto não tinha passagens”, explicou o delegado.
Versão inicial e contradições
No início das investigações, a mãe tentou enganar os policiais, afirmando que o filho havia caído de uma escada molhada na escola. No entanto, exames médicos apontaram lesões incompatíveis com essa versão — entre elas, hematomas múltiplos, rigidez abdominal e sangramento nasal, evidenciando morte violenta por agressão.
Testemunhas e profissionais da escola negaram qualquer acidente nas dependências do colégio. Após ser confrontada, Lauriza confessou ter espancado o menino com chineladas e tapas, dizendo que “passou do ponto” sob o efeito de cocaína.
O companheiro dela apresentou versões contraditórias e é investigado por omissão ou possível coautoria.
Outras crianças sob proteção
Diante da gravidade da situação, o Conselho Tutelar determinou o acolhimento institucional dos outros dois filhos da mulher — uma criança de 6 anos e um bebê de 6 meses.
As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime e definir a responsabilidade penal do casal.