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Mãe de mulher que matou a filha e depois tirou a própria vida em BH relata histórico de depressão e ‘episódio muito grave’

  • gazetadevarginhasi
  • há 10 minutos
  • 2 min de leitura

fonte: itatiaia
fonte: itatiaia
A mãe de Ester Coelho Linhares Cira, de 32 anos, disse em entrevista à Itatiaia que a filha sofria de depressão há cerca de cinco anos e que enfrentava um quadro agravado desde que interrompeu o tratamento médico. Ester jogou a filha de 6 anos, Anna Luísa, do 10º andar do Hotel Nacional Inn, no Centro de Belo Horizonte, e em seguida pulou. As duas morreram na hora, na manhã de segunda-feira (1º).
Muito emocionada, a mãe afirmou que um episódio “muito grave” teria desencadeado o quadro depressivo de Ester, mas preferiu não detalhar o ocorrido. Segundo ela, apesar de demonstrar alegria para pessoas próximas, a filha carregava sofrimento intenso.
“Ela mostrava felicidade, mas por dentro estava triste. Se culpava por algo que aconteceu, mas ela não teve culpa. Minha filha estava doente. Foi uma injustiça muito grande que aconteceu com ela e com a gente”, disse a mãe, que mora em Sabará, na Região Metropolitana de BH.
Crise e interrupção do tratamento
A mãe relembrou o momento em que percebeu o adoecimento. Há cerca de cinco anos, Ester teve um surto na rua, começou a gritar e tampar os ouvidos. Depois disso, passou por consultas médicas e iniciou tratamento com quetiapina e sertralina.
Segundo a família, entretanto, ela deixou de tomar os medicamentos por conta própria há cerca de um ano, o que agravou o quadro.
Mesmo com o histórico de depressão, a mãe afirma nunca ter imaginado que a filha fosse capaz de tirar a própria vida — muito menos a de Anna Luísa.
“Ela era alegre, vaidosa, gostava de viver. Nunca pensei que fosse fazer isso. Achava que o amor pelas filhas era maior que tudo.”
Adolescente de 13 anos presenciou a tragédia
A filha mais velha de Ester, de 13 anos, estava no hotel e viu tudo. A adolescente está na casa da avó, em Sabará, e segue sob cuidados da família.
“Ela está mais calma hoje, conseguiu dormir. Mas ninguém está bem. Ela vai precisar de muita ajuda, e a gente não vai recusar apoio”, afirmou a avó.
Relações familiares
A avó contou ainda que o atual relacionamento de Ester era instável, com “idas e vindas”, mas destacou que o primeiro casamento da filha foi tranquilo. O ex-companheiro e a família dele, que vivem no Espírito Santo, sempre trataram Ester e as crianças com carinho.
“Ele é um bom homem, nunca fez nada para prejudicar. A casa era organizada, ele cuidava de tudo para ela.”
A Polícia Civil segue investigando detalhes da tragédia.

Gazeta de Varginha

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