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Nunca soltamos a mão uma da outra: gêmeas de Varginha descobrem câncer quase ao mesmo tempo e vencem tratamento juntas

  • Foto do escritor: Elisa Ribeiro
    Elisa Ribeiro
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
Foto: Reprodução EPTV
Foto: Reprodução EPTV
O autoexame foi fundamental para duas irmãs gêmeas de Varginha (MG). Cristina Aparecida de Souza Setério Olímpio e Cristiane Aparecida de Souza Setério Silva sempre compartilharam a vida: desde a infância com roupas iguais, passando pela juventude e até na vida adulta, quando se casaram com apenas um ano de diferença. Em 2024, tiveram mais uma coincidência marcante — descobriram, quase ao mesmo tempo, que estavam com câncer de mama.
“Eu percebi quando vi uma colega de trabalho sem cabelo. Ela estava em tratamento oncológico. Naquela noite, no banho, fiz o autoexame e senti um nódulo no seio esquerdo. Procurei o ginecologista, que me encaminhou ao mastologista, e veio o diagnóstico”, contou Cristiane.
Pouco depois, Cristina, que trabalha como operadora de caixa, também decidiu se examinar. “Com o diagnóstico da minha irmã, resolvi fazer o autoexame. Descobri um nódulo no mesmo lado que o dela, procurei o mastologista e no mesmo dia fiz biópsia e exames. Foi o começo de tudo”, relembra.

A importância do diagnóstico precoce
Até pouco tempo atrás, a mamografia pelo SUS só era oferecida a partir dos 50 anos. Agora, mulheres a partir dos 40 já podem realizar o exame, o que aumenta as chances de diagnóstico precoce. Ainda assim, segundo o Ministério da Saúde, 37% dos casos no Brasil ainda são detectados em estágio avançado.
“Identificar o tumor no início aumenta as chances de cura e possibilita tratamentos menos agressivos. Um câncer de mama menor que um centímetro, por exemplo, pode nem exigir quimioterapia”, explicou Bruno Aquino, coordenador de oncologia do Hospital Bom Pastor, referência para mais de 50 cidades do Sul de Minas.
Dados do hospital mostram que, entre 2020 e 2024, a média anual foi de 290 novos diagnósticos, com crescimento de casos em mulheres de 30 a 40 anos.
Segundo Aquino, fatores ligados ao estilo de vida têm contribuído para o aumento de registros em idades mais jovens: “O câncer é multifatorial. Alimentação industrializada, consumo precoce de álcool e uso de hormônios favorecem o surgimento da doença. Apenas de 5% a 10% dos casos são de origem genética; a maioria está relacionada a hábitos de vida”.

Fé, apoio e superação
Cristina e Cristiane concluíram juntas o tratamento e seguem lado a lado, fortalecidas pela fé e pelo apoio da família. Para elas, enfrentar o câncer lado a lado fez toda a diferença.
“Estivemos juntas em cada etapa. Nunca soltamos a mão uma da outra”, afirmam.

Gazeta de Varginha

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