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“Não somos lixo”: trabalhadores pedem justiça após assassinato de gari em BH

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
“Não somos lixo”: trabalhadores pedem justiça após assassinato de gari em BH
Divulgação Redes Sociais
Garis protestam em BH após confissão de empresário que matou colega.

Belo Horizonte/MG – 20 de agosto de 2025 – Trabalhadores da coleta de lixo em Belo Horizonte protestaram na manhã desta quarta-feira (20) no bairro Vila Oeste, após o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessar o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos. O crime ocorreu no último dia 11 de agosto.

Durante o ato, os colegas da vítima exibiram um cartaz com os dizeres: “Somos garis. Não somos lixo. Nossa única esperança é o TJMG e o MPMG”.

O crime aconteceu após uma briga de trânsito. Segundo as investigações, o caminhão de coleta bloqueou a via, o que irritou Renê. Ele ameaçou a motorista e disparou contra os trabalhadores da coleta, atingindo Laudemir no abdômen. A vítima foi socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu à hemorragia interna causada pelo tiro.

Confissão e investigação
Renê confessou o crime em depoimento prestado na segunda-feira (19/8) ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Antes disso, ele negava qualquer envolvimento. Segundo o relato, após discutir com a motorista do caminhão, o empresário desceu armado, ameaçou atirar nela e disparou contra Laudemir, atingindo-o na costela.

Horas depois, Renê foi localizado e preso em uma academia de luxo no bairro Estoril, em operação conjunta das polícias Civil e Militar. A empresa de limpeza urbana onde Laudemir trabalhava disponibilizou dois advogados para acompanhar o caso.

Repercussão e medidas legais
Durante o protesto, os trabalhadores pediram que o crime não fique impune. A arma usada no assassinato pertence à esposa do empresário, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, que agora é investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil por possível descuido na guarda do armamento. Em depoimento, Renê afirmou que a delegada não sabia que ele havia pego a arma.

O Ministério Público solicitou o bloqueio de R$ 3 milhões em bens do casal para garantir indenização à família da vítima. Renê Nogueira Júnior poderá responder pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e ameaça, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.

Fonte: Metropolis

Gazeta de Varginha

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