PCMG quer expandir grupo reflexivo para homens agressores no interior de Minas
gazetadevarginhasi
14 de ago.
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Divulgação
PCMG lança cartilha do programa Dialogar para reforçar combate à violência contra a mulher.
Em mais uma ação alusiva ao Agosto Lilás, mês dedicado ao enfrentamento da violência contra a mulher, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lançou, nessa quarta-feira (13/8), a cartilha informativa do programa Dialogar. Intitulada “Pelo fim da violência doméstica: reflexão, responsabilização e transformação”, a publicação apresenta a atuação do grupo reflexivo voltado a homens autores de crimes dessa natureza.
O material reúne informações sobre objetivos, público-alvo, metodologia, princípios e resultados do programa, criado em 2010 e reformulado em 2022 com base nas melhores práticas de grupos reflexivos responsabilizantes. Atualmente, o Dialogar é desenvolvido no Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), com encontros semanais destinados a agressores encaminhados por determinação judicial, seja como parte de medida protetiva ou durante a ação penal.
Idealizadora da cartilha e responsável pelo programa, a delegada Pollyanna Aguiar destacou, durante a cerimônia no Defam, a importância de agir sobre a causa da violência:
“Nós só vamos conseguir efetivamente combater o crime contra a mulher se atingirmos a causa, se trabalharmos na educação, na reflexão e na responsabilização desses homens autores de violência”.
O chefe de Gabinete da PCMG, delegado-geral Frederico Abelha, que representou a chefia da instituição no evento, reforçou a meta de expandir o programa para o interior de Minas Gerais.
“Trata-se de um projeto que é eixo básico da instituição, muito importante no combate à violência doméstica”, afirmou.
Para a chefe do Defam, delegada Danúbia Quadros, o Dialogar se destaca como iniciativa pioneira.
“Podemos dizer que a PCMG tem grupos reflexivos desde 2013, de forma também inovadora, porque há pouco tempo houve a alteração legislativa da Lei Maria da Penha, inserindo a possibilidade de encaminhamento para grupos reflexivos, e já tínhamos quase uma década que o projeto funcionava em Minas Gerais”, observou.
O lançamento contou ainda com uma apresentação artística de alunos da Marilu Dias Escola de Dança, que interpretaram trechos do espetáculo Fem., abordando o “universo feminino e suas camadas — do aprisionamento velado pelas expectativas e amarras sociais ao desejo de liberdade para ser aquilo que se é”.
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