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Pirataria chega a lojas de luxo e abala confiança de décadas

  • gazetadevarginhasi
  • 15 de out.
  • 2 min de leitura

Fonte: O TEMPO
Fonte: O TEMPO
Antes restrita a bairros periféricos e centros de compras populares, a pirataria avançou para um shopping da zona sul de Belo Horizonte. A loja Divino Luxo, que aparentava vender produtos originais, enganou clientes do BH Shopping por anos. Segundo estimativas do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG), a expansão desse tipo de crime contribui para a redução de 25% da arrecadação estadual devido à sonegação fiscal.
O esquema foi desmantelado em 16 de julho, durante a operação Do Luxo ao Lixo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Apesar do fechamento da loja, a falsificação de produtos segue em crescimento, mostrando que nem estabelecimentos de alto padrão estão livres da prática.
Um dos casos mais destacados foi o do empresário Flávio Queiroz, que comprou duas camisas na loja acreditando serem da grife Giorgio Armani. Ele descobriu que eram falsificações apenas após a avaliação de um amigo especializado. O prejuízo foi de R$ 1.400.
Durante a operação, foram encontrados produtos de alto valor, como um tênis Nike Air Jordan anunciado por R$ 50 mil, que provavelmente custou menos de R$ 200 aos falsificadores, e camisas Louis Vuitton vendidas a R$ 9.500, com custo de fabricação inferior a R$ 300. O processo contra os responsáveis pela loja, que funcionava sem cadastro, ainda está em andamento.
Segundo o delegado Magno Machado Nogueira, chefe da Divisão Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), a pirataria hoje abrange roupas, calçados, bebidas, cigarros, sabão em pó, medicamentos e cosméticos, gerando prejuízos ao consumidor, às marcas e ao erário público. A Polícia Civil atua com a ajuda das empresas, que fornecem informações, materiais e apoio técnico para a identificação das falsificações.
O mercado ilegal de cigarros exemplifica o impacto financeiro da pirataria. Só em 2024, Minas Gerais deixou de arrecadar cerca de R$ 117 milhões em ICMS, valor suficiente para construir 19 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Nos últimos cinco anos, o número de fábricas clandestinas de cigarros no país dobrou, e Minas teve o segundo maior número de fábricas fechadas, atrás apenas de São Paulo.
Para o presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona, o crescimento desse crime evidencia que ele enganha o consumidor, frauda o Estado e financia organizações criminosas, atingindo inclusive pessoas de alto poder aquisitivo.
O BH Shopping informou que colaborou com as investigações e mantém políticas rigorosas de locação, exigindo o cumprimento da legislação. A reportagem não obteve retorno da loja Divino Luxo.

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Gazeta de Varginha

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