Policiais civis adiam decisão sobre paralisação em protesto na ALMG
gazetadevarginhasi
há 8 minutos
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fonte: itatiaia
Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais realizaram nesta terça-feira (28) um protesto em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, cobrando valorização salarial e melhores condições de trabalho. O ato foi convocado pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol) e ocorreu simultaneamente a uma manifestação dos trabalhadores da Copasa, contra a PEC 24.
Apesar da expectativa de grande adesão, o número de policiais presentes ficou abaixo do esperado. A assembleia geral da categoria, prevista para deliberar sobre uma possível paralisação das atividades, foi suspensa. Um novo protesto será agendado para ampliar a participação e definir a votação sobre a paralisação.
Enquanto isso, os servidores seguem em “estrita legalidade”, cumprindo apenas atividades previstas em lei, sem assumir funções extras.
Segundo o Sindpol, a categoria acumula perda salarial superior a 44% desde 2015, ocupando atualmente o quarto pior salário entre as polícias civis do país. Além disso, denunciam falta de estrutura nas delegacias, déficit de efetivo, viaturas sem combustível e problemas crônicos no sistema de tecnologia da corporação.
O presidente do Sindpol, Wemerson Oliveira, afirmou que policiais civis chegam a arcar com despesas próprias durante investigações fora da região metropolitana, enfrentam restrições de viagens e dificuldades em acessar o sistema de informações da Polícia Civil. “A falta de estrutura compromete especialmente as investigações contra o crime organizado, como facções Comando Vermelho, PCC e TCP, que atuam em outros estados”, disse.
O governo de Minas Gerais alega restrições financeiras que impedem reajustes salariais e novos investimentos em segurança pública no momento. A nova manifestação ainda não tem data definida.