Polícia efetua prisão de criminosos por furtos em casas de luxo e tráfico de drogas em Varginha

Há alguns meses a população de Varginha se viu às voltas com uma quadrilha que aproveitava a ausência das famílias, entrava nas casas e faziam duas limpas. A primeira, nas jóias, relógios, objetos de valor e dinheiro. A segunda “limpa” era na cozinha. Os bandidos comemoravam o sucesso do furto e faziam uma verdadeira festa na casa: comiam e bebiam do bom e do melhor.

Meu amigo, se você pretende fazer alguma coisa errada, pense duas vezes. A polícia investiga essa turma há dois anos. Já sabia quem era, mas ninguém havia sido preso até agora porque faltavam provas. Os bandidos imaginavam que estavam bem na fita.

Rodaram.

Pois na manhã desta quinta-feira (30/11) a Polícia Civil de Minas fez uma força-tarefa em Varginha. Teve apoio até do helicóptero de BH, com certeza você ouviu a movimentação hoje cedo.

Foram presos 3 suspeitos de integrar a quadrilha (calma, leitor do mimimi: a gente escreve suspeito porque ainda não tem sentença transitada em julgado).

De quebra, a Civil ainda prendeu mais dois bandidos que estavam juntos. Um, por tráfico de drogas. O outro, por porte de munição de uso restrito sem autorização.

Um bandido está foragido.

No final da manhã foi dada coletiva na Delegacia Regional de Varginha. Presentes os delegados Luciano Francisco dos Santos, Sávio Xavier e Renata Rezende (delegada regional de Varginha), Fernando Augusto Bettio (regional de Lavras), Dr Alexandro, Investigadores Cibele e Éder José Batista Silva (Varginha).

Queda de Ícaro

O nome da operação se refere à mitologia grega. Ícaro e seu pai usaram asas coladas ao corpo com cera para fugir do labirinto do Minotauro. Mas ele não seguiu os conselhos do pai e voou bem alto, como se fosse um deus. A cera derreteu, ele caiu no mar e morreu. A lenda de Ícaro ensina a importância da humildade após uma vitória e de seguir as orientações dos mais experientes.

Os delegados explicaram que o nome foi escolhido devido à ousadia dos bandidos. Como se não bastasse a “festa” depois do furto, eles levavam os equipamentos de gravação das câmeras de segurança.

Mas bobearam. Os vizinhos dizem que não desconfiavam de nada. Exceto pelo fato de, um dia eles saíam em um carro vermelho importado. No outro dia, outro carro de luxo. Por sinal, foram apreendidos seis veículos com os bonitos, além de dinheiro, joias, relógios.

Conheciam as casas

Como se não bastasse, as investigações mostram que os ladrões prestaram serviços nas casas assaltadas (antes dos assaltos, lógico). Um deles instalou vidros de blindex. O outro, prestou serviço na piscina. Eles já sabiam quando as famílias estariam viajando e os locais onde estavam os bens de valor.

A PCMG cumpriu dezessete mandados, sendo 13 de busca e apreensão, além de 4 de prisão preventiva. Os policiais foram em bairros como Sion, jardim das Oliveiras, Imaculada Conceição e Cidade Nova.

Em duas casas (uma delas no Alto da Figueira II) foram apreendidos mais de R$ 2 milhões em joias, carros e relógios. As casas onde ocorreram os furtos ficam no Jardim Andere e Vila Floresta.

A delegada Renata Rezende pede a mais vítimas que tenham passado por um assalto parecido que entrem em contato, pois ainda há mais joias, relógios e outros bens de valor na delegacia. Nesse caso as pessoas precisam comprovar a propriedade, por meio de notas fiscais, boletins de ocorrência ou outros meios.

Fotos: Marcus Madeira/BlogdoMadeira