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Preço do ovo dispara 65% nos EUA e se torna alvo de roubos e restrições

O preço dos ovos nos Estados Unidos disparou nos últimos meses, impulsionado por um surto de gripe aviária que atingiu diversas regiões do país e resultou na morte de milhões de galinhas poedeiras. Como consequência, a escassez do produto fez com que os preços subissem 65% em 2024, de acordo com dados do índice de preços ao consumidor (CPI), um dos principais indicadores da inflação americana.
Em dezembro de 2023, uma dúzia de ovos custava cerca de US$ 2,50 (R$ 14,47). Já em dezembro de 2024, o valor saltou para US$ 4,15 (R$ 24), tornando o item um dos mais afetados pela inflação dos alimentos. O aumento foi 35 vezes superior à média da inflação dos alimentos no país, que encerrou o ano com alta de 1,8%.
Roubo de carga e restrições na venda
A alta nos preços gerou situações inusitadas. O roubo de aproximadamente 100 mil ovos na Pensilvânia está sendo investigado pelas autoridades. Os ovos, avaliados em US$ 40 mil (R$ 231,6 mil), foram furtados de um caminhão de distribuição no centro do estado.
Além disso, supermercados e restaurantes adotaram medidas para lidar com a escassez. Algumas redes impuseram limites na quantidade de ovos que cada cliente pode comprar, enquanto restaurantes passaram a cobrar taxas extras pelo ingrediente. A lanchonete Waffle House, por exemplo, implementou uma sobretaxa de US$ 0,50 (R$ 2,89) por ovo servido devido ao aumento nos custos.
Tendência para 2025: preços ainda mais altos
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) alerta que a situação pode piorar. A projeção é de que o preço dos ovos suba mais 20% em 2025, impulsionado por novos surtos de gripe aviária e pelo aumento da demanda.
Em novembro e dezembro de 2024, o vírus levou à morte de 17,2 milhões de galinhas, quase metade de todas as aves afetadas pela gripe aviária ao longo do ano. O problema se intensificou em estados como Califórnia, Indiana, Missouri, Carolina do Norte e Ohio, onde surtos recentes forçaram novas medidas sanitárias.
A indústria já enfrenta 20 meses consecutivos de demanda recorde, segundo a American Egg Board, que representa os produtores de ovos nos EUA. Para a CEO da entidade, Emily Metz, o problema pode persistir por um longo período.
“Até que tenhamos tempo sem novas detecções do vírus, infelizmente esse suprimento muito, muito apertado de ovos vai continuar”, afirmou Metz.
Enquanto isso, consumidores americanos seguem enfrentando dificuldades para encontrar o produto e pagando mais caro pela proteína, um item essencial na alimentação.

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Gazeta de Varginha

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