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Semana de 4 dias: empresas relatam avanços em bem-estar e produtividade após testes no Brasil

  • gazetadevarginhasi
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

A discussão sobre o fim da tradicional escala de seis dias de trabalho por semana tem ganhado espaço no Brasil, contrapondo os impactos econômicos com os benefícios para a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Em meio a esse debate, algumas empresas estão implementando, em caráter experimental, a jornada de quatro dias semanais — e os resultados iniciais são positivos.
Inspirada por modelos internacionais, principalmente o da Nova Zelândia, a especialista Renata Rivetti trouxe ao Brasil um projeto piloto que propõe a redução da carga semanal de trabalho. A proposta é repensar a lógica de “trabalhar mais para produzir mais”. Para Renata, o excesso de tarefas, reuniões e informações contribui para um ambiente frenético que, muitas vezes, prejudica o verdadeiro desempenho.
Vinte empresas participaram da experiência, que durou um ano. Ao final do período, os dados foram expressivos: 88,7% dos funcionários disseram estar mais satisfeitos com o trabalho, 84,8% sentiram mais energia e 84,1% notaram melhorias significativas na saúde mental, com menos casos de ansiedade e insônia.
Contudo, nem tudo são flores. Especialistas alertam que a redução da jornada precisa considerar as particularidades de cada setor. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) analisou os efeitos de diminuir a carga de 44 para 36 horas semanais. A simulação apontou uma possível queda de 6,2% no PIB nacional, com impactos maiores nos setores de transporte e comércio, que poderiam encolher em 14,2% e 12,2%, respectivamente.
Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV, alguns segmentos dependem fortemente da presença contínua de trabalhadores, e a redução da jornada pode comprometer a produção e até a remuneração dos empregados.
Apesar dos desafios, empresas brasileiras vêm se adaptando. Um exemplo está no Rio de Janeiro, onde os próprios colaboradores criaram um aplicativo para organizar os turnos e folgas. Cada membro da equipe escolhe seu dia de descanso semanal, mantendo a produtividade sem sobrecarregar os colegas.
A experiência revela que, quando bem planejada, a semana de 4 dias pode transformar positivamente o ambiente corporativo, sem necessariamente prejudicar os resultados.
 
 
 

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Gazeta de Varginha

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