Setembro Amarelo chega ao fim, mas a valorização da vida é permanente
gazetadevarginhasi
2 de out.
2 min de leitura
Divulgação
Campanha reforça a importância da informação, do acolhimento e da busca por ajuda profissional.
O mês de setembro marcou, em todo o Brasil, mais uma edição da campanha Setembro Amarelo, que busca conscientizar a população sobre a importância da valorização da vida e da prevenção ao suicídio.
Embora o período seja dedicado ao tema, profissionais da saúde mental reforçam que o cuidado deve ser contínuo e diário. Para falar sobre o assunto, O Gazeta de Varginha conversou com a psicóloga Fernanda Chaves Almeida, formada pela Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS), especialista em Saúde Pública e em Psicologia da Educação e Aprendizagem. Ela atua como psicóloga clínica e escolar e reforça que a informação e o acolhimento são fundamentais para salvar vidas.
Gazeta de Varginha: O que é o Setembro Amarelo e por que essa campanha é tão importante?
Dr. Fernanda: O Setembro Amarelo é a campanha de valorização da vida e prevenção do suicídio. A campanha é de extrema importância, pois ao falar sobre o assunto cada vez mais pessoas passam a identificar os sintomas e auxiliar pessoas próximas que estejam necessitando de ajuda. Além disso, aqueles que já estão passando por momentos difíceis e de crise podem saber que não estão sozinhos e que há locais que podem auxiliar neste momento.
Gazeta de Varginha: Quais são os sinais de que uma pessoa pode estar em sofrimento emocional e precisando de ajuda?
Dr. Fernanda: Os sinais podem ser diversos, inclusive silenciosos. Mas, normalmente, estão relacionados a sintomas depressivos, como tristeza, perda de prazer nas atividades que antes gostava, isolamento, descuido com a aparência, desinteresse, entre outros.
Gazeta de Varginha: Como familiares e amigos podem agir ao perceber esses sinais?
Dr. Fernanda: É importante frisar que a pessoa não está sozinha, que pode contar com o apoio deles, além de incentivar que busque ajuda, vá à terapia ou ao médico.
Gazeta de Varginha: Muitas pessoas ainda têm medo ou vergonha de procurar terapia. Como vencer essa barreira?
Dr. Fernanda: Infelizmente, essa ainda é uma realidade, mas a cada dia conseguimos avançar para que esse pensamento diminua. É essencial divulgar a informação correta sobre a profissão, a maneira de trabalhar e os benefícios que pode trazer para o indivíduo.
Gazeta de Varginha: O que nunca devemos dizer para alguém que está fragilizado?
Dr. Fernanda: A pessoa já está fragilizada, então é importante acolhê-la e não culpabilizá-la ou julgá-la, além de não desvalorizar seu sofrimento.
Gazeta de Varginha: Qual mensagem você deixaria para quem enfrenta momentos difíceis e pensa em desistir?
Dr. Fernanda: Você não está sozinho! Busque ajuda. Há locais específicos aqui em Varginha, como o CAPS II (3690-2182), além do Centro de Valorização da Vida (CVV), que funciona 24 horas pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br.
Ao final do Setembro Amarelo, a mensagem que fica é clara: falar sobre saúde mental é falar sobre vida.
É criar redes de apoio, acolher sem julgamentos e incentivar a busca por ajuda profissional. O cuidado deve seguir durante todos os meses do ano.
Comentários