Tia-avó clama por justiça após morte de menino em BH: “Pelo amor de Deus”
gazetadevarginhasi
há 3 dias
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Fonte: itatiaia
A tia-avó de Arthur, de 9 anos, morto pela própria mãe e pelo padrasto na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, revelou à Itatiaia que chegou a ter a guarda da criança enquanto a mãe estava presa por tráfico de drogas, mas perdeu o direito posteriormente na Justiça.
Segundo Maria Araújo, Arthur era uma criança tranquila e amorosa, enquanto a mãe “nunca cuidou das crianças”.
“Ele ficava comigo tranquilo. Eu cuidava dos meninos, eles praticamente foram criados lá em casa. De toda a vida, ela não foi uma mãe direita para cuidar das crianças”, disse Maria.
Ela relembrou que, após a prisão dos pais, os filhos não passavam fome e recebiam cuidados básicos. No entanto, a mãe de Arthur conseguiu retomar a guarda, apesar do histórico de uso de drogas e comportamento negligente.
“Fui lá, registrei boletim de ocorrência e pedi pelo amor de Deus que as crianças ficassem comigo. Mas o juiz decidiu que a guarda ia ficar com ela, porque era a mãe e dizia estar trabalhando. Só que eles não sabiam que ela já estava entrando em coisas erradas. Tem que ter justiça”, afirmou.
Circunstâncias do crime
A mãe, de 24 anos, confessou ter agredido o filho com chineladas e tapas no abdômen e nas costas, admitindo estar sob efeito de cocaína. O padrasto, de 39 anos, apresentou versão contraditória, negando ter presenciado agressões. Ambos permanecerão presos temporariamente por 30 dias, segundo decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Imagens obtidas mostram que a mãe possui uma tatuagem com o nome do filho, Arthur, no braço.
O Conselho Tutelar precisou intervir para acolher os dois irmãos menores do menino, diante do risco concreto à integridade física e emocional das crianças. A mãe também possui antecedentes por tráfico de drogas e histórico de mudanças frequentes entre municípios da Região Metropolitana de BH, o que indica risco de evasão.
Durante o velório, familiares relataram comportamento anormal da mãe, que teria chegado sorridente, enquanto o padrasto não compareceu. A polícia confirma que ambos seriam usuários de cocaína, inclusive na presença das crianças.
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