Trabalhadores dos Correios de Nove Estados Entram em Greve por Tempo Indeterminado
Elisa Ribeiro
9 de ago. de 2024
2 min de leitura
Divulgação
Trabalhadores dos Correios em nove Estados brasileiros iniciaram uma greve por tempo indeterminado após uma assembleia realizada em São Paulo na quarta-feira, 7 de agosto. Cerca de 5 mil servidores, incluindo carteiros, motoristas e funcionários das áreas de tratamento e atendimento, participaram da decisão de paralisação, que começou às 22 horas do mesmo dia.
Estados Afetados
A greve envolve sindicatos dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins. Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos (Findect), o movimento reflete o descontentamento generalizado com a postura da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) nas negociações, sem avanços significativos.
Principais Reivindicações
O diretor de comunicação da Findect, Douglas Ramos, destacou que a principal reivindicação dos trabalhadores é a redução da coparticipação no plano de saúde, considerada muito alta. Além disso, eles buscam um reajuste salarial baseado na inflação e um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos em 2024.
Propostas dos Correios
Os Correios propuseram um reajuste de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 e 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024, além de um aumento de 20% para motociclistas e motoristas. Sobre o plano de saúde, a empresa afirmou que pretende reduzir a coparticipação de 30% para 15% no próximo mês, após ajustes necessários.
A estatal informou que todas as agências permanecem abertas e os serviços estão disponíveis. Para cobrir as ausências, foram adotadas medidas como o remanejamento de profissionais e horas extras. O impasse entre a estatal e os sindicalistas persiste desde o início do ano. Após 14 reuniões de negociação, a Findect declarou que a empresa demonstrou incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores.
A greve continuará até a próxima rodada de negociações, prevista para a próxima semana, segundo Douglas Ramos.
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