Zoológico de BH registra 272 mortes de animais em cinco anos e tem déficit no plantel
gazetadevarginhasi
há 6 dias
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fonte: o tempo
O Zoológico de Belo Horizonte registrou a morte de 272 animais entre 2021 e 2025, número superior ao de nascimentos e novas incorporações no período. Segundo levantamento da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, apenas 150 animais foram adicionados ao plantel, resultando em um déficit de 122 exemplares. O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) anunciou, nesta quarta-feira (12/11), a abertura de uma investigação para apurar as mortes recentes da chimpanzé Kelly e da leoa-branca Pretória, ambas ocorridas durante procedimentos que exigiram anestesia.
Os dados mostram que as aves foram as mais afetadas, representando 62% das mortes — 168 registros ao todo. O ano de 2022 teve o maior número de perdas, com 74 óbitos, uma média de um a cada cinco dias. Em 2025, já foram registradas 34 mortes, o equivalente a uma a cada nove dias.
De acordo com a prefeitura, boa parte dos animais do Zoo é proveniente de resgates de fauna vítimas de tráfico ou maus-tratos, o que aumenta a vulnerabilidade de muitos exemplares. “Esses animais resgatados muitas vezes já chegam ao Zoo com alto grau de debilidade, o que pode contribuir para mortes em idades abaixo da média ou respostas insuficientes a tratamentos médico-veterinários”, informou a fundação.
Durante coletiva, o prefeito Álvaro Damião ressaltou o comprometimento das equipes do parque e defendeu o papel do espaço na preservação da fauna. “O Zoológico é, antes de tudo, preservação da fauna — lazer e entretenimento são consequência disso. Nosso objetivo é garantir qualidade de vida aos bichos”, afirmou.
O plantel atual do Zoológico de BH conta com mais de 3 mil animais de cerca de 200 espécies, distribuídos em 293 recintos. Todas as movimentações — nascimentos, mortes e transferências — passam por autorização e registro do IEF e do Ibama.
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