28 de Junho reforça necessidade de ambientes de trabalho mais diversos e acolhedores
gazetadevarginhasi
há 10 minutos
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Dia do Orgulho LGBTQIA+ reforça importância de ambientes de trabalho inclusivos e livres de discriminação.
O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado neste 28 de junho, representa um marco histórico na luta por dignidade, respeito e igualdade de direitos para pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais identidades de gênero e orientações sexuais. A data remete à Revolta de Stonewall, ocorrida em 1969, nos Estados Unidos, e se consolidou como símbolo de resistência contra a violência e o preconceito, inspirando, até hoje, reflexões e ações concretas em favor da diversidade — inclusive no mundo do trabalho.
No Brasil, a Constituição Federal e a legislação trabalhista garantem o princípio da igualdade e vedam práticas discriminatórias no acesso e na permanência no emprego. Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que homofobia e transfobia sejam enquadradas como crimes, nos termos da Lei do Racismo (Lei nº 7.716/1989), o que fortalece a responsabilização por atitudes preconceituosas no ambiente profissional, como exclusão em processos seletivos, tratamento desigual, desrespeito ao nome social, piadas ofensivas ou dispensas motivadas por identidade de gênero e orientação sexual.
Apesar das garantias legais, especialistas destacam que só o marco jurídico não é suficiente. É fundamental que empregadores se comprometam com práticas concretas de inclusão, criando espaços de trabalho seguros, acolhedores e diversos. Entre as medidas recomendadas estão a formulação de políticas internas claras contra a discriminação e o assédio, canais acessíveis de denúncia, apoio institucional às vítimas e aplicação de sanções a condutas inadequadas.
Outro ponto essencial é o investimento em ações educativas, que estimulem a conscientização coletiva e o respeito às diferenças, abordando temas como identidade de gênero, expressão de gênero e orientação sexual. O uso do nome social e o respeito à identidade de pessoas trans e travestis devem ser assegurados em crachás, registros internos e sistemas corporativos, como forma de reconhecimento e dignidade.
Iniciativas de promoção da equidade nas oportunidades — com o acesso da população LGBTQIA+ a seleções, formações, cargos de liderança e progressão na carreira — também são parte do esforço necessário para corrigir desigualdades históricas.
A criação de comitês de diversidade ou grupos de afinidade dentro das instituições pode contribuir para fortalecer o diálogo e construir políticas inclusivas com base na escuta ativa. Parcerias com coletivos e instituições especializadas ampliam o alcance das ações afirmativas e fomentam iniciativas de empregabilidade voltadas ao público LGBTQIA+, promovendo justiça social e pluralidade nas relações de trabalho.
Mais do que obrigação legal, fomentar ambientes inclusivos é valorizar talentos, preservar a dignidade e tornar o ambiente profissional mais criativo, colaborativo e humano. Neste 28 de junho, a data que simboliza o orgulho LGBTQIA+ reforça o chamado por ambientes laborais mais igualitários, onde cada pessoa possa ser quem é, sem medo ou censura.